segunda-feira, 19 de março de 2012

ATÉ ONDE IREMOS?


Nas estradas federais que cortam Pernambuco, a fiscalização está comprometida pela falta de policiais rodoviários. E muitos postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão sendo desativados no estado. O problema atinge também o resto do Brasil por conta da falta de funcionários. Em Pernambuco, existem sete postos de fiscalização. O estado possui 2.300 quilômetros de rodovias distribuídos em onze BR’s.
Em Quipapá e Ribeirão, cidades da Zona da Mata Sul, e Carpina, na Mata Norte, os postos estão desativados. Em Carpina, o prédio será reformado para receber uma unidade da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro). Em Moreno, na Região Metropolitana do Recife, o posto conta apenas com um agente rodoviário.

Atualmente, em média, 60 policiais trabalham no estado. Porém, de acordo com o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais, seria necessário dobrar esse número. “O último concurso público que foi iniciado ainda não se encerrou. Aqui em Pernambuco, esse concurso foi em 2009 e teve a previsão de contratar seis agentes. Hoje a Polícia Rodoviária Federal (PRF) pode contratar mais e a lei autoriza até 13 mil policiais”, afirmou o diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais, Tiago Arruda.

O posto do município de Igarassu, no Grande Recife, atende a 63 quilômetros, que vai da cidade de Goiana, na Zona da Mata Norte do estado, até o Terminal da Integração (TI) do bairro da Macaxeira, na Zona Norte da capital. Nessa unidade, a situação também é difícil. Quando os dois policiais saem para as ocorrências, a unidade fica esvaziada. “Já aconteceu de haver dois acidentes e a gente deixar o posto fechado, porque os acidentes têm prioridade”, disse o agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Josemir Célio.

A assessoria da PRF reconheceu que conta com um número de policiais menor do que o esperado. Atualmente, são 420 policiais atuando no estado, quando seriam necessários de 800 a mil homens. Mas que esse não é o principal motivo do fechamento dos postos. De acordo com a assessoria, a localização de muitos deles é inadequada. Além disso, a fiscalização móvel é mais eficaz do que a feita nos postos. A assessoria informou ainda que mesmo com a realização de concursos, os postos fechados não serão reabertos.

Fonte: G1

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