terça-feira, 1 de novembro de 2011

A ANSIEDADE E A MECÂNICA



Caros amigos, companheiros de jornada, usuários de veículos de duas rodas, gente diversa e versada em discutir sobre como desfrutar da motocicleta, do espírito do motociclismo, dos relacionamentos em grupo e das viagens inesperadas,

Espero que ao longo do texto eu consiga explicar esse título. Sou ansioso demais e, quando quero fazer algo fico tão nervoso que chego a não dormir. Então quando soube do Rota do Sol, evento motociclístico na cidade de João Pessoa, descobri que precisava ir até lá. E pretendo contar essa historia, sem viés crítico, só os fatos interessantes e engraçados, ao menos do meu ponto de vista.

Primeiramente, devo dizer que não entendo nada de mecânica, exceto aquelas teorias que aprendemos no antigo segundo grau (velocidade é igual a distância dividida pelo tempo) que ainda lembro para poder criticar as placas do DETRAN. Mas, para sair de casa eu precisava resolver um problema: trocar as buchas da coroa. Nada demais se você possui as metacompetências necessárias: se já tiver desmontado uma roda traseira antes, se tiver as buchas corretas, todas as chaves que precisar, estopa, graxa, querosene, destreza e paciência.

Como mecânico sou um ótimo web writer. Para resumir, troquei as buchas por outras que não eram as ideais e portanto houveram falhas. A coroa ainda tem folga mas ao menos eu tenho uma garantia de que eu mesmo não tenho competência para realizar o trabalho e portanto eu mesmo vou ter de consertar ate acertar. E as buchas estão novas como também os parafusos “prisioneiros”.

Só consegui terminar o serviço à noite, e decidi partir assim mesmo em direção ao evento. Cheguei tarde, encontrei um velho conhecido e a conversa foi longa, resultando que eu não consegui apreciar nada do show.

No sábado, segundo o locutor do evento, havia um passeio no trecho entre o evento e o Espaço Ciência acima do pontal do Seixas, mas quando acordei chovia torrencialmente e só consegui chegar ao local do evento as nove, não encontrando nenhum comboio. Nem sei se o passeio aconteceu realmente. Aproveitei a tarde para fotografar o evento, pois no dia anterior tinha esquecido a câmera.

Para abrir o sábado uma impressionante apresentação de Whelling, com moto e quadriciclo. Não é meu estilo, mas como abertura da noite foi bem empolgante.

Em seguida, sobe ao palco uma banda que me fez sentir falta do grunge de Seattle (mais especificamente Pearl Jam e Bush), pois cantava os sucessos pop dos anos 80/90, onde um Sr. Se esforçava para esconder os defeitos de sua voz e imitar o efeito de eco que seu microfone não tinha, acompanhado de uma morena que cantou covers que iam de Lady Gaga a Cindy Lauper. Me senti tão deslocado quanto alguém que entra num gueto, por engano. Nada que uma segunda banda não pudesse desfazer, tocando covers do Metallica.
Mas o cansaço bateu, e antes do final da apresentação da segunda atração eu me recolhi, para economizar energia para a viajem de volta.

Ate aqui, terminei os textos com a frase “eu ando em bando enquanto puder andar”, referência clara aos felinos, animal-símbolo do brasão de alguns moto clubes. Agora me resta uma nova missão: como denominar os discípulos do artífice das armas mágicas? Ó poderoso Brokk, ajude esse ser humano a construir uma versão melhor de si mesmo a cada dia!


Texto: Joel Gomes – acadêmico das Ciências Sociais

Nenhum comentário:

Postar um comentário