sábado, 26 de fevereiro de 2011

A CHUVA, A NOITE E O FRIO


CHUVA

A chuva é o maior inconveniente nas viagens de moto. Se isso acontecer à noite, então, a dica é não seguir viagem – a não ser que a estrada seja plenamente segura, você esteja bem protegido e faltar pouco para o local de destino. Do contrário, procure um lugar para dormir.

Veículos trafegando em sentido contrário, com o pára-brisa molhado, são o melhor aviso de que a chuva à frente. Comece a preparar-se para enfrenta-la. Não deixe pra vestir seu macacão impermeável somente no momento em que “encontra-la”.

Assim que a chuva começar, pare e espere que molhe a pista, lavando todos os detritos de óleo e areia que possam existir.

Sob a chuva, reduza a velocidade e passe a frear com maior sensibilidade e menos potência. Se pressentir o início de travamento de uma das rodas, “alivie” o freio, voltando a aciona-lo até concluir a manobra.

Trafegar em pista molhada exige muito cuidado. Por exemplo: a distância de frenagem chega a ser 50% superior ao que seria necessário em pista seca. Adote uma postura defensiva e antecipe-se a situações de fisco freando antes do que seria o normal.

O “spray” de água e detritos, levantados pelos pneus dos outros veículos, suja a viseira do capacete. Tenha sempre pedaços de papel absorvente ou papel higiênico que limpa sem riscar.

A chuva pode penetrar na bagagem e molhar as roupas. Para evitar isso, coloque sempre suas roupas (e também objetos) dentro de sacos plásticos antes de acomoda-los na bolsa ou alforge.



NOITE

Viajar a noite não é o mais recomendável. Tudo fica mais difícil, desde um abastecimento a até um socorro mecânico. A atenção deve ser redobrada e nem sempre é possível enxergar “armadilhas” como buracos e manchas de óleo. Mas se for inevitável, viaje descansado, pois o cansaço, principalmente à noite, pode ser muito perigoso.

Nunca saia à noite sem que farol, piscas e lanternas estejam em perfeitas condições. O farol (ou faróis) deve ser regulado caso você esteja com garupa e bagagem, pois com mais peso, a moto fica mais baixa e o facho de luz sai do ajuste ideal.

Procure ter a viseira do capacete em perfeitas condições. Viseira suja e muita riscada acaba criando distorções e reflexos inconvenientes com a luz vinda dos outros veículos. Isso limita a capacidade de visão.

Procure fazer com que as paradas para descanso sejam em postos de gasolina ou outros lugares seguros e bem iluminados. Evitem paradas nos acostamentos das estradas.

Sendo preciso parar no acostamento à noite, procure afastar-se o máximo possível da pista. Para ser visto pelos demais veículos, mantenha a lanterna ligada e os pisca-piscas sinalizando alerta.



FRIO

O frio pode se tornar um grave problema se for preciso enfrenta-lo por horas seguidas. A baixa temperatura pode causar a hipotermia em mãos e pés, ou seja, o “congelamento” desses pontos, com perda da sensibilidade e da movimentação – o que pode ser muito perigoso.

Para proteger-se, o ideal é usar sob as luvas de couro, luvas de tecidos, ou, por cima das luvas de couro, luvas cirúrgicas de borracha para impermeabilizar. Nos pés, meias e uma proteção com plástico por dentro da bota para evitar a umidade.

Em cima da moto, a temperatura “sentida” pode chegar a ser de até cinco graus centígrados menor do que a temperatura ambiente. Por isso, agasalhe-se prevendo essa diferença de temperatura.

A respiração, no frio, pode causar o embaçamento da viseira. Nesse caso, a dica é passar a respiração pela boca, direcionando o ar para a parte inferior do capacete.




Colaborador: Joel Gomes

Nenhum comentário:

Postar um comentário