terça-feira, 2 de junho de 2015

SINTA-SE EM CASA 1ª edição "Crônica"



RESENHA DO DIA 30 DE MAIO (SÁBADO).
 
por Jorge Cerqueira .
 
(30.5.15)SÁBADO - teve na praça de Casa Amarela a primeira edição do evento musical ”Sinta-se em casa”, organizado pela Associação dos Artistas Anônimos. O objetivo é o diálogo entre as bandas participantes sobre essa experiência com o público e o espaço, com o intuito de consolidar parcerias para fomentar eventos auto-sustentáveis, viabilizando espaços pras bandas e o público convergirem.
 
O evento teve apoio da Carb Cultural, Nepalm Discos, Traga Pub, Prefeitura da Cidade do Recife, Zezé Artesanatos, Emlurb e Polícia Militar.
As bandas do primeiro dia foram Prison, Saga, Arca de Pandora, João Lemom e os Bicos e Essência Mística.
A primeira foi Prison. Uma banda de Paulista que faz cover da banda Three Days Grace. É aquela que estourou com “I hate everythingabout you”. Começou às 19:03, terminou às 19:33. O vocalista cantou tão igual ao cara da Three Days Grace, que por esses 30 minutos de show eles poderiam se chamar de Thirty minutes grace.
Com a instiga já instigada, às 20:06 começou show da João Lemom e osBicos. Duas guitarras calcadas no punk rock, blues, psychobilly e músicas sobre o sol (“agora que o sol se apresentou não tem mais perigo”), o encarte do cd (“do que vale o encarte se ninguém vai entender”), whisky e outra de letra muito legal que encerrou o show, de nome "perfeiúra", séria candidata a hit.
 
Terminou 20:54 o show da João Lemom, aí às 21:11, Saga: é som pedrada. Hardcore, punk, trash, metal tudo com um vocal rasgado, furioso, fogo nas orelhas. Tinha um guitarrista que tocava como os caras do Rammstein, esse headbangueava pesado. E tinha um outro com boné que lembrava o guitarrista do RATM. Lá na 9ª música o guitarra falou “a gente não chegou nem na metade ainda”. E foram 18 músicas. Todas tudo lapada. Toma!
 
Terminou às 21:54 o show da Saga. Às 22:10 começou Arca dePandora. O som que sai da arca é múltiplo, divino-profano, céu-terra. As guitarras se alternam entre os elementos da natureza. Enquanto uma é seca como a terra a outra voa em solos viajantes. E o guitarrista tinha horas que buscava tocar o absoluto com seus acordes mergulhados em delay.
A primeira música, "Memórias póstumas de Lampião" é rock com um ritmo chamado maculelê. A segunda misturou música autoral que falava Paranauê com “Hey Man” de Ave Sangria. A quarta música falava “meu terreiro é de xango eu toco pra Iemanjá” mesclada com “Geni e o Zepelim” de Chico Buarque.
Depois na quinta música eles misturaram um blues rock com “O pirata” de Ave Sangria. A sexta música foi “Riders on the storm” do The doors com a ciranda "Os 4 elementos" que falava “fogo que acende as luzes do trovão, vento que sopra as águas do mar vou te encontrar”. O público gritou e gritou pra eles cantarem “Homem Gabirú” e “Solange”, mas eles tocaram o coco "Coco de dona aurinha” e todos se uniram na dança.
 
O show acabou exatamente às 23:00, e às 23:09 teve o reggae-afrobeat da Essência Mística. Na quarta música “Resistência Reggae” que fala “o homem forte é o que usa inteligência” caiu aquela chuva que só Jah e Iemanjá enviam. Tava tudo conectado e veio dois covers certeiros: “We can make it work” de Bob Marley e "Ain't no sunshine".
 
Às 00:13, olhei pro relógio, fim do show; início da sorte pra todos ali.

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