quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

DO LIDER, DA LIDERANÇA E DAS FUNÇÕES DENTRO DO MOTO CLUBE


Caros amigos, companheiros de jornada, usuários de veículos de duas rodas, gente diversa e versada em discutir sobre como desfrutar da motocicleta, das viagens e dos relacionamentos em grupo, e nós que driblamos os problemas da vida andando de motocicleta sem saber de que forma salvar o mundo, carpe diem.

Que a liderança pode se dar por imposição isso é público e notório, posto que a extrema direita ou extrema esquerda política têm em comum o fato de apoiarem a violência. Mas resumir a atuação do líder apenas a alguém que impõe obediência através do medo ou da força seria muito restritivo e até inverídico. Há que se ressaltar que os melhores líderes são os que conseguem utilizar as técnicas políticas com habilidade, não importando se são realmente de direita, esquerda ou extremos, mas agradando a ambos os lados.

Entretanto, de uma forma geral e nos conceitos de administração podem, os lideres, ser de três tipos: os que ditam as regras mas não fazem parte da equipe que vai executá-las, preocupando-se apenas em exigir resultados denominados autocratas, os que não fazem parte da equipe e não conseguem comandar nem controlar os resultados, conhecidos pelo termo francês lasser-faire ou, numa tradução livre, deixa-fazer. Finalmente, aquele sobre o qual me interessa falar, o democrático.

Não queria aqui criar nenhum juízo de valor onde uma postura é certa e outra não é. Não passa por ai minha intenção. Mas acredito que para um moto clube, que por definição política é uma associação, funciona do mesmo modo que um RH de uma empresa comercial: se um líder não tiver as devidas metacompetências, a organização foge ao controle.

Poderia citar algumas situações onde um líder meio “desligado”, mas isso também não vem ao caso. Quero aqui enfatizas as funções de um bom líder de moto clube, cargo que admiro, mas não sei se tenho o tempo e o conhecimento necessários para desempenhar uma função dessa importância.

Não levando em consideração as racionalizações encontradas em cada estatuto social ou regimento, ser presidente ou diretor administrativo de um moto clube requer certo grau de habilidade política e conhecimento da função especificamente. As nuances de cada grupo, aquelas características que mantém pessoas completamente diferentes unidos, tem que ser regidas por alguém que partilhe da mesma idéia. De outra forma, nenhum grupo se mantém.

Alguns grupos podem apresentar alto grau de dependência, a tal ponto que se o líder se afasta o grupo se afasta em seguida, perdendo o interesse em se manter unido pela falta do elo político. Outros podem apenas ser comandados, não tendo interesse, conhecimento ou talvez organização quando separados.
O fato é que um bom moto clube precisa de um bom corpo dirigente. Não falo só no presidente, que é peça chave sem dúvida, mas uma boa equipe de diretoria. Pessoas com visão administrativa é o desejável na composição da diretoria administrativa.

Mas quando isso não acontece e o moto clube assim mesmo tem sucesso? Voltamos a mesma questão de antes: o sentimento de união e integração em prol do grupo é que vai imperar. A amizade e os laços de família vão determinar um regimento consuetudinário, os costumes que vão manter o grupo unido e seguindo em frente.
Nessas horas é que se pode verificar a atuação do líder do grupo: se o moto clube supera as adversidades e segue coeso, muito se deve ao líder, embora as responsabilidades caibam também aos membros. E se não conseguem? Bem, ai é o mesmo que ocorre quando tudo dá certo e não se tem uma explicação direta: tem que se analisar o caso em concreto.

Quem sou eu? Joel Gomes – acadêmico das ciências sociais, motociclista, funcionário público, webwriter amador, colaborador e membro do Brokk MC.

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