Pois é minha gente, este ano faço 30 anos de motociclista, embora as minhas primeiras voltinhas tenham acontecido há mais de 40 anos. Dia primeiro de Março também fiz 29 anos que comecei a negociar com motocicletas e consórcios, além de contabilizar pouco mais de um milhão de km rodados sobre duas rodas, o que me dá bagagem considerável para falar a respeito do título acima, certo?
Tenho certeza de que você, leitor amigo, não considera a motocicleta um veículo perigoso, mas a mídia vem usando a moto para vender notícias alegando o aumento no número de acidentes. Acontece que o motociclista, pelas próprias características do veículo, está menos protegido que em outros veículos maiores. Esta semana mesmo passei por um acidente em que o motociclista envolvido veio a óbito. O motivo do acidente? Um caminhão perdeu os freios e atravessou um trevo cortando a frente do motociclista infeliz, mas a mídia não dirá que “caminhão desgovernado causa acidente fatal com motociclista” e sim que “motociclista morre em acidente na BR tal”. Vende mais. Enquanto isso em Brasília, senhores que deveriam zelar pelos interesses de TODOS os cidadãos brasileiros e que usam jatos, jatinhos, helicópteros e luxuosos carros importados em seus deslocamentos se sentem capazes de legislar a respeito de uma categoria que hoje representa uma enorme parcela da população. Quer números? Apenas em 2010 foram produzidas 1.606.000 (isso mesmo, um milhão, seiscentas e seis mil) motocicletas, isso em dados da ABRACICLO, a associação dos principais fabricantes de motocicletas no Brasil. Vale lembrar ainda que existem outros pequenos fabricantes que não fazem parte desta associação, o que faria o número oficial de motos produzidas passar facilmente de 1.700.000 unidades. Não tenho dados oficiais, mas dá para imaginar seguramente um número bem superior a 20.000.000 de motocicletas em circulação no país, certo? Algo no mínimo igual ou superior a – vejam bem – 15% da população nacional. E quem dita as leis que regem os nossos destinos, se por acaso usam a moto, é apenas nos finais de semana, provavelmente levadas até sua casa de inverno ou veraneio encarapitada em uma carretinha puxada por um carrão. Esses FDP não sabem o que é encontrar um buraco bem no meio da tangência de uma curva, não sabem que os guard-rails, quando existem na parte externa de algumas curvas, estão colocados muitos centímetros acima do solo, deixando expostos seus postes de fixação que se transformam em armas letais contra alguém que derrape na areia ou numa mancha de óleo (é, não são só imprudência e excesso de velocidade que jogam motociclistas no chão não, sues dotô). A obrigatoriedade do refletivo no capacete é uma idéia válida? Seria, desde que pilotássemos de cabeça para baixo, já que tais refletivos só são alcançados pelo facho do farol alto, cuja utilização é proibida em centros urbanos e quando da proximidade e3m relação a outros veículos. Há pouco, políticos paulistanos restringiram a circulação de motos nas pistas centrais das vias marginais de São Paulo. Detalhe: é nas vias laterais que ocorrem a maioria dos acidentes. Putz!!! Dá uma raiva danada e uma baita sensação de incapacidade de reagir, pois somos pacíficos, não fazemos passeatas, não atiramos pedras nos palácios nem derrubamos ditadores. Sim, porque esses caras agem como ditadores, promulgando leis sem embasamento técnico ou racional. E nós... Bem, se não estivermos com os documentos do veículos em dia, levamos multa e perdemos pontos na carteira.
Veículos pesados circulam em más condições de conservação conduzidos por motoristas alcoolizados ou insones depois de extensas maratonas diárias de trabalho, vítimas também eles de suas necessidades de alimentar famílias e sobreviverem. Políticos embriagados causam acidentes fatais com seus veículos caríssimos, a conservação de nossas vias urbanas e intermunicipais é precária, existe má fé do poder público que, apenas em épocas eleitoreiras faz reparos grotescos nestas vias e existe ainda a famigerada “indústria de multas” visando arrecadar cada vez mais recursos que são, em grande parte desviados de suas funções originais. Ou você acha que a imensa fortuna arrecadada com IPVA, DPVAT e multas é revertida em benefício de quem realmente merece tais recursos, ou seja: nós, os usuários. Fica aqui, bem explicita, a minha revolta contra tais desmandos, incongruências e festivais de insensatez.
Arre! Estou puto e exausto, vou logo pegar a minha moto e dar uma volta para refrescar a cabeça. Ainda bem que, a pelo menos isso, ainda tenho o direto.
Fui.... Vruumm, Vruuuummmm Uauuuuuu!!!!!!
Tenho certeza de que você, leitor amigo, não considera a motocicleta um veículo perigoso, mas a mídia vem usando a moto para vender notícias alegando o aumento no número de acidentes. Acontece que o motociclista, pelas próprias características do veículo, está menos protegido que em outros veículos maiores. Esta semana mesmo passei por um acidente em que o motociclista envolvido veio a óbito. O motivo do acidente? Um caminhão perdeu os freios e atravessou um trevo cortando a frente do motociclista infeliz, mas a mídia não dirá que “caminhão desgovernado causa acidente fatal com motociclista” e sim que “motociclista morre em acidente na BR tal”. Vende mais. Enquanto isso em Brasília, senhores que deveriam zelar pelos interesses de TODOS os cidadãos brasileiros e que usam jatos, jatinhos, helicópteros e luxuosos carros importados em seus deslocamentos se sentem capazes de legislar a respeito de uma categoria que hoje representa uma enorme parcela da população. Quer números? Apenas em 2010 foram produzidas 1.606.000 (isso mesmo, um milhão, seiscentas e seis mil) motocicletas, isso em dados da ABRACICLO, a associação dos principais fabricantes de motocicletas no Brasil. Vale lembrar ainda que existem outros pequenos fabricantes que não fazem parte desta associação, o que faria o número oficial de motos produzidas passar facilmente de 1.700.000 unidades. Não tenho dados oficiais, mas dá para imaginar seguramente um número bem superior a 20.000.000 de motocicletas em circulação no país, certo? Algo no mínimo igual ou superior a – vejam bem – 15% da população nacional. E quem dita as leis que regem os nossos destinos, se por acaso usam a moto, é apenas nos finais de semana, provavelmente levadas até sua casa de inverno ou veraneio encarapitada em uma carretinha puxada por um carrão. Esses FDP não sabem o que é encontrar um buraco bem no meio da tangência de uma curva, não sabem que os guard-rails, quando existem na parte externa de algumas curvas, estão colocados muitos centímetros acima do solo, deixando expostos seus postes de fixação que se transformam em armas letais contra alguém que derrape na areia ou numa mancha de óleo (é, não são só imprudência e excesso de velocidade que jogam motociclistas no chão não, sues dotô). A obrigatoriedade do refletivo no capacete é uma idéia válida? Seria, desde que pilotássemos de cabeça para baixo, já que tais refletivos só são alcançados pelo facho do farol alto, cuja utilização é proibida em centros urbanos e quando da proximidade e3m relação a outros veículos. Há pouco, políticos paulistanos restringiram a circulação de motos nas pistas centrais das vias marginais de São Paulo. Detalhe: é nas vias laterais que ocorrem a maioria dos acidentes. Putz!!! Dá uma raiva danada e uma baita sensação de incapacidade de reagir, pois somos pacíficos, não fazemos passeatas, não atiramos pedras nos palácios nem derrubamos ditadores. Sim, porque esses caras agem como ditadores, promulgando leis sem embasamento técnico ou racional. E nós... Bem, se não estivermos com os documentos do veículos em dia, levamos multa e perdemos pontos na carteira.
Veículos pesados circulam em más condições de conservação conduzidos por motoristas alcoolizados ou insones depois de extensas maratonas diárias de trabalho, vítimas também eles de suas necessidades de alimentar famílias e sobreviverem. Políticos embriagados causam acidentes fatais com seus veículos caríssimos, a conservação de nossas vias urbanas e intermunicipais é precária, existe má fé do poder público que, apenas em épocas eleitoreiras faz reparos grotescos nestas vias e existe ainda a famigerada “indústria de multas” visando arrecadar cada vez mais recursos que são, em grande parte desviados de suas funções originais. Ou você acha que a imensa fortuna arrecadada com IPVA, DPVAT e multas é revertida em benefício de quem realmente merece tais recursos, ou seja: nós, os usuários. Fica aqui, bem explicita, a minha revolta contra tais desmandos, incongruências e festivais de insensatez.
Arre! Estou puto e exausto, vou logo pegar a minha moto e dar uma volta para refrescar a cabeça. Ainda bem que, a pelo menos isso, ainda tenho o direto.
Fui.... Vruumm, Vruuuummmm Uauuuuuu!!!!!!
Guilherme Couto, do 5ª Coluna Moto Clube, vendedor de motocicletas e motociclista, como disse anteriormente faz 30 anos.
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