Moto pequena?! Acho que essa definição deveria ser revista por todos nós, que nos dizemos motociclistas e aventureiros das duas rodas, pois pequeno acaba sendo o coração do motociclista que vê as 125cc com desprezo e desdém.
O pré-conceito com motos de pouca cilindrada chega a ser tanto que inibe, em muitos casos, o desabrochar do espírito motociclista estradeiro de muitos apaixonados pela vida sobre duas rodas. É você possuir a moto que – Já no limite – cabe em seu bolso e ficar impedido de entrar em alguns dos Moto Clubes mais tradicionais ou de fazer parte de algumas viagens bacanas pelo fato da sua máquina não permitir que você ande a 140 ou 160 km/h. Isso é um verdadeiro balde de água fria na chama que aquece o espírito aventureiro de muitos.
A moto é o que você faz dela, e não o número estampado em auto-relevo ao lado do “cm³” em seu motor. Se você faz de uma moto “magra” uma moto de viagem, ela será uma moto de viagem. Muitas são as histórias, mundo afora, de caras desbravando países e continentes inteiros em cima de suas mono-cilíndricas de 125cc. Enquanto isso não faltam caras, independente do motivo, com suas potentes 1.000cc de quatro canecos cobertas por empoeirados lençóis brancos em baixo do teto da garagem há semanas... Ou meses!
Já fui vítima desse tipo de preconceito quando andava de Honda Tornado 250cc. Isso me ocorreu há mais de cinco anos. Procurei o Presidente do Moto Clube mais tradicional de minha cidade e fui prontamente desencorajado a acompanhar o grupo em uma moto viagem de 200 km por que, segundo ele, a minha moto só andava a 130 km/h e eles tinham o número de 160 como velocidade de cruzeiro. No momento, por inexperiência, senti vergonha. Hoje tenho plena certeza de quem deveria sentir vergonha pelo ocorrido era o cara que pensou estar olhando pra mim “de cima” por causa do tamanho do motor que “me equipava”.
Sinto grande satisfação quando acompanho motos de poucas cilindradas pilotadas por pessoas de grande coração. Por máquinas eu espero, levando em consideração as suas limitações aerodinâmicas e de potência. Por homens, sendo eles autênticos motociclistas ou simples pilotos de estrada, com seus atrasos, suas neuroses, seus estresses, seus subjetivismos e suas complicações e amarras sociais... Por esses é mais difícil eu esperar.
A questão é: Para quem gosta de moto, moto é moto e não se fala mais nisso. Cada uma com suas qualidades e defeitos, cada uma proporcionando certo número de prazeres e outra determinada quantidade de dificuldades, cada motor com uma forma diferente e peculiar de cantar. Se você discorda dessa óptica e acha que as motos com motor maior não têm seus defeitos em se falando de moto viagens espere até precisar de uma peça para ela durante uma viagem ao Nordeste do Brasil, de um simples mangote para radiador ou de uma roda que amassou na passagem por um buraco, e prepare-se para, muito provavelmente, voltar para casa com a sua potente moto em cima de um enferrujado reboque, e mais: Sendo ultrapassado a todo tempo por alegres Hondas Titans com seus pilotos curtindo o delicioso sabor do vento. Essas sim, têm peças de reposição em todo lugar, o que fará com que muito dificilmente peguem vergonhosas caronas em reboques.
Tomando por base essa triste idéia de dividir motos somente ou principalmente pelo tamanho do motor, coisa que discordo piamente, afirmo: Prefiro rodar junto a um grande motociclista em uma “moto pequena” do que ao lado de um pequeno motociclista em uma “moto grande”.
É bem verdade que grande parte dessa turma que anda montado em motores com menos força faz todo tipo de arruaça no trânsito. O que devemos fazer é saber diferenciar o conjunto com base na pessoa, e não na máquina. Se você olhar ao se redor perceberá gente com o comportamento digno do mais nobre motociclista montado em uma Honda Biz, sinalizando as suas ações e intenções nas vias, guardando papel de bala no bolso para não jogar no chão, respeitando semáforo vermelho e parando antes da faixa de pedestre, etc. Durante a observação, com toda certeza, se notará também aqueles que pilotam suas motos compradas por valores bem superiores a R$ 30.000,00 que andam feito uns desesperados, sem respeitar as mais elementares normas de trânsito e de segurança, com nítida e insana pressa de chegar, pondo em risco a própria vida e a dos outros que se encontram, por azar, na via.
Sei que não é nada fácil rodar junto em moto viagens quando são utilizadas motos de configuração diferente. O que acaba ocorrendo é que os dois, o com pouco motor e o com motor de sobra, estarão sempre no limite. Um no limite físico, mecânico e aerodinâmico e o outro, por sua vez, no limite da paciência. Para que essa união traga lucro em vez de prejuízo é preciso que ambos se esforcem no objetivo de serem parceiros de moto viagem. Se o esforço ocorrer em ambas as partes, a moto viagem será certeza de sucesso.
O pré-conceito com motos de pouca cilindrada chega a ser tanto que inibe, em muitos casos, o desabrochar do espírito motociclista estradeiro de muitos apaixonados pela vida sobre duas rodas. É você possuir a moto que – Já no limite – cabe em seu bolso e ficar impedido de entrar em alguns dos Moto Clubes mais tradicionais ou de fazer parte de algumas viagens bacanas pelo fato da sua máquina não permitir que você ande a 140 ou 160 km/h. Isso é um verdadeiro balde de água fria na chama que aquece o espírito aventureiro de muitos.
A moto é o que você faz dela, e não o número estampado em auto-relevo ao lado do “cm³” em seu motor. Se você faz de uma moto “magra” uma moto de viagem, ela será uma moto de viagem. Muitas são as histórias, mundo afora, de caras desbravando países e continentes inteiros em cima de suas mono-cilíndricas de 125cc. Enquanto isso não faltam caras, independente do motivo, com suas potentes 1.000cc de quatro canecos cobertas por empoeirados lençóis brancos em baixo do teto da garagem há semanas... Ou meses!
Já fui vítima desse tipo de preconceito quando andava de Honda Tornado 250cc. Isso me ocorreu há mais de cinco anos. Procurei o Presidente do Moto Clube mais tradicional de minha cidade e fui prontamente desencorajado a acompanhar o grupo em uma moto viagem de 200 km por que, segundo ele, a minha moto só andava a 130 km/h e eles tinham o número de 160 como velocidade de cruzeiro. No momento, por inexperiência, senti vergonha. Hoje tenho plena certeza de quem deveria sentir vergonha pelo ocorrido era o cara que pensou estar olhando pra mim “de cima” por causa do tamanho do motor que “me equipava”.
Sinto grande satisfação quando acompanho motos de poucas cilindradas pilotadas por pessoas de grande coração. Por máquinas eu espero, levando em consideração as suas limitações aerodinâmicas e de potência. Por homens, sendo eles autênticos motociclistas ou simples pilotos de estrada, com seus atrasos, suas neuroses, seus estresses, seus subjetivismos e suas complicações e amarras sociais... Por esses é mais difícil eu esperar.
A questão é: Para quem gosta de moto, moto é moto e não se fala mais nisso. Cada uma com suas qualidades e defeitos, cada uma proporcionando certo número de prazeres e outra determinada quantidade de dificuldades, cada motor com uma forma diferente e peculiar de cantar. Se você discorda dessa óptica e acha que as motos com motor maior não têm seus defeitos em se falando de moto viagens espere até precisar de uma peça para ela durante uma viagem ao Nordeste do Brasil, de um simples mangote para radiador ou de uma roda que amassou na passagem por um buraco, e prepare-se para, muito provavelmente, voltar para casa com a sua potente moto em cima de um enferrujado reboque, e mais: Sendo ultrapassado a todo tempo por alegres Hondas Titans com seus pilotos curtindo o delicioso sabor do vento. Essas sim, têm peças de reposição em todo lugar, o que fará com que muito dificilmente peguem vergonhosas caronas em reboques.
Tomando por base essa triste idéia de dividir motos somente ou principalmente pelo tamanho do motor, coisa que discordo piamente, afirmo: Prefiro rodar junto a um grande motociclista em uma “moto pequena” do que ao lado de um pequeno motociclista em uma “moto grande”.
É bem verdade que grande parte dessa turma que anda montado em motores com menos força faz todo tipo de arruaça no trânsito. O que devemos fazer é saber diferenciar o conjunto com base na pessoa, e não na máquina. Se você olhar ao se redor perceberá gente com o comportamento digno do mais nobre motociclista montado em uma Honda Biz, sinalizando as suas ações e intenções nas vias, guardando papel de bala no bolso para não jogar no chão, respeitando semáforo vermelho e parando antes da faixa de pedestre, etc. Durante a observação, com toda certeza, se notará também aqueles que pilotam suas motos compradas por valores bem superiores a R$ 30.000,00 que andam feito uns desesperados, sem respeitar as mais elementares normas de trânsito e de segurança, com nítida e insana pressa de chegar, pondo em risco a própria vida e a dos outros que se encontram, por azar, na via.
Sei que não é nada fácil rodar junto em moto viagens quando são utilizadas motos de configuração diferente. O que acaba ocorrendo é que os dois, o com pouco motor e o com motor de sobra, estarão sempre no limite. Um no limite físico, mecânico e aerodinâmico e o outro, por sua vez, no limite da paciência. Para que essa união traga lucro em vez de prejuízo é preciso que ambos se esforcem no objetivo de serem parceiros de moto viagem. Se o esforço ocorrer em ambas as partes, a moto viagem será certeza de sucesso.
Texto: Éder N. Barbosa
Motociclista - Ele & Ela – Filial Mossoró/RN
Esse texto reflete bem a postura do K.C.L.A. Do tempo que tenho acompanhado as viagens e reuniões, eu noto que o comportamento é condição principal para acompanhá-los. A cilindrada não importa. joel gomes
ResponderExcluiré verdade meu amigo o importante não é a moto, e sim, a vontade estar na estrada com amigos que estão sempre preocupados uns com outros. renato ninja
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