A AMERICANA DE PELE VERMELHA
O ronco de um motor V2 é algo que embriaga o espírito de qualquer apaixonado por motocicletas. Se for proveniente de um motor refrigerado a ar então, a mágica se completa. Nos dias de hoje a Harley-Davidson reina soberana nas ruas, mas houve um tempo em que dividia as estradas com uma grande concorrente: a Indian.
Fundada em 1901 na cidade de Springfield, a Indian Motorcycle Company é fruto do esforço de dois sonhadores: um projetista sueco e um empresário americano, que juntaram suas forças e lançaram a primeira Indian com motores V2 em 1903. A empresa cresceu nos anos seguintes e se tornou a maior fabricante de motos dos Estados Unidos, com 20 mil unidades por ano, trazendo novidades como a partida elétrica e modelos imortais como Scout, Chief e Sport Scout.
O modelo Scout foi criado em 1919 por um piloto de corridas e trazia grandes modificações e novas versões para o já famoso motor: 600, 750, 1.000 e 1.200 cm³, que foram utilizados por muitos anos.
A fama da Indian estava sendo construída por esses modelos. O sucesso foi confirmado pela venda da moto de número 250.000 quatro anos depois. A empresa passou pelo período entre guerras em crise, apesar de ter resistido à quebra da bolsa de valores, mas superou os problemas e se manteve no topo da produção.
Uma característica marcante surgiu após esse período: os famosos pára-lamas envolventes, que marcaram as motocicletas para sempre.
Após a Segunda Guerra a Indian foi vendida, e os novos administradores resolveram focalizar a produção em motos de menor cilindrada, com tecnologia inglesa.
O modelo Blackhawk Chief foi lançado no início da década de 50, marcando a volta da motocicleta à linha original, com 1.300 cm³ e garfo telescópico hidráulico, para competir com as Harleys, que apresentavam tecnologia superior.
Mas a alegria durou pouco e logo a empresa começou a privilegiar a venda das motos inglesas, que tinham seus próprios méritos, colocando a Indian em crise novamente. A clássica V2 sumiu das lojas e a empresa literalmente desapareceu do cenário americano em 1953.
Muitos anos se passaram e, em 1998, a Indian ressurgiu no cenário mundial, com modelos mais potentes e os cromados que trouxeram à tona a paixão adormecida. O sonho durou apenas cinco anos, pois os modelos não foram bem aceitos pelos puristas e os custos da produção se tornaram muito altos, fazendo com que o consórcio de empresas encerrasse a fabricação.
De qualquer modo, a Indian ocupa um lugar de destaque no mundo das motocicletas, seja pelo estilo, ronco do motor ou apenas pelo fato de que a cabeça do chefe indígena no tanque de combustível, estará para sempre gravada na mente de todos os apaixonados pela vida em duas rodas.
Renato Bellote Gomes, 25 anos, é bacharel em Direito
Fonte: bikerfriends.com.br
Fundada em 1901 na cidade de Springfield, a Indian Motorcycle Company é fruto do esforço de dois sonhadores: um projetista sueco e um empresário americano, que juntaram suas forças e lançaram a primeira Indian com motores V2 em 1903. A empresa cresceu nos anos seguintes e se tornou a maior fabricante de motos dos Estados Unidos, com 20 mil unidades por ano, trazendo novidades como a partida elétrica e modelos imortais como Scout, Chief e Sport Scout.
O modelo Scout foi criado em 1919 por um piloto de corridas e trazia grandes modificações e novas versões para o já famoso motor: 600, 750, 1.000 e 1.200 cm³, que foram utilizados por muitos anos.
A fama da Indian estava sendo construída por esses modelos. O sucesso foi confirmado pela venda da moto de número 250.000 quatro anos depois. A empresa passou pelo período entre guerras em crise, apesar de ter resistido à quebra da bolsa de valores, mas superou os problemas e se manteve no topo da produção.
Uma característica marcante surgiu após esse período: os famosos pára-lamas envolventes, que marcaram as motocicletas para sempre.
Após a Segunda Guerra a Indian foi vendida, e os novos administradores resolveram focalizar a produção em motos de menor cilindrada, com tecnologia inglesa.
O modelo Blackhawk Chief foi lançado no início da década de 50, marcando a volta da motocicleta à linha original, com 1.300 cm³ e garfo telescópico hidráulico, para competir com as Harleys, que apresentavam tecnologia superior.
Mas a alegria durou pouco e logo a empresa começou a privilegiar a venda das motos inglesas, que tinham seus próprios méritos, colocando a Indian em crise novamente. A clássica V2 sumiu das lojas e a empresa literalmente desapareceu do cenário americano em 1953.
Muitos anos se passaram e, em 1998, a Indian ressurgiu no cenário mundial, com modelos mais potentes e os cromados que trouxeram à tona a paixão adormecida. O sonho durou apenas cinco anos, pois os modelos não foram bem aceitos pelos puristas e os custos da produção se tornaram muito altos, fazendo com que o consórcio de empresas encerrasse a fabricação.
De qualquer modo, a Indian ocupa um lugar de destaque no mundo das motocicletas, seja pelo estilo, ronco do motor ou apenas pelo fato de que a cabeça do chefe indígena no tanque de combustível, estará para sempre gravada na mente de todos os apaixonados pela vida em duas rodas.
Renato Bellote Gomes, 25 anos, é bacharel em Direito
Fonte: bikerfriends.com.br
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