Interessante o conceito individual de motocicleta. Muito mais que um amontoado de ferros e plasticos, as motos tem uma individualidade que se funde com a personalidade de cada proprietário.
Algumas marcas se tornaram conhecidas, não por serem as melhores, mas por serem as que chegaram à maioria. Assim quando se fala em moto, de imediato vem Honda e Yamaha. Mais recentemente, graças a invasão da mídia, surge também a Harley Davidson.
E cada segmento tem seus defensores. Alguns ferrenhos, outros mais ponderados. Alguns absurdamente "cegos", outros profundo conhecedores. Alguns nem sequer tem a ideia do que é uma moto, mas, incorporam na maquina a historia vendida e compram o pseudo "status", de uma moto que está longe de estar entre as melhores, como é o caso da Harley Davidson.
Outros ainda, vêem na maquina , apenas o que ela é mesmo : uma maquina.
As "pequenas notáveis", campeãs de vendas absolutas, se incorporaram de tal forma que a exemplo dos países asiáticos, se tornaram extensões das pernas de boa parte da população.
Boa parte, principalmente do motoqueiro de revista, aquele que além de possuir um poder aquisitivo maior, devora modelos e marcas em todas as revistas especializadas, partem para as altas cilindradas. Pela praticidade? Não, ao contrario, muitos deles compram modelos que mal conseguem se sustentar sobre elas, mas, o fator potência, os influencia. Como se através disso pudessem provar serem superiores. Além disso é "bonito" afirmar: " tenho uma moto de 1800 cilindradas".
Ha os que tentam provar a si próprio que são capazes, e partem para modelos esportivos, onde vale mais quem consegue maior velocidade. E aí também casam-se um disputa velada pela defesa das marcas e é onde se concentra boa parte dos motoqueiros de revistas.
Uma classe a parte são os diferentes tipos de "posers" e suas maquinas. O "poser" tipo "old school" quase sempre de situação financeira bem definida, maquina do ano, boa parte hoje com modelos Harleys Davidson, roupas de acordo com o figurino (segundo ouviram falar), de grifes caríssimas, sempre a postos para posarem para fotos. Não sabe sequer apertar um parafuso e imagina que graxa é apenas uma corruptela da palavra "graça", mas é um "old school". Ou então o "poser" segurança. Utiliza-se de uma parafernália inimaginável de artefatos da moda e em cada chance que tem não perde a oportunidade de falar sobre a "segurança". Muitas vezes , mas consegue pilotar em linha reta, mas é defensor fanático da segurança. Desses boa parte tem vida curta sobre suas motos, morrem cedo.
O "poser magazine", essa figura é notória. propagandista das confecções e lojas especializadas, não anda, desfila. Jaquetas caríssimas, compradas a peso de ouro, com marcas famosas como Harley Davidson por exemplo, não possuem a mínima noção da diferença entre necessidade, qualidade de produto e valor. Aí entram muitas motos custons e esportivas.
E assim cada um vai seguindo sua estrada, incorporado ao espírito da maquina que possui. Tudo isso aliado a muita fantasia, muitas historias, muitas lendas, criando para o futuro, a passada época das maquinas perfeitas e seus donos imperfeitos
Fonte: www.blackhorsebr.blogspot.com
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