Pensando em vida...
Ainda fico indignado ao lembrar-me do episódio “soda cáustica” no leite nosso do dia a dia, é simplesmente revoltante constatar o que pessoas inescrupulosas são capazes de fazer para obter lucros e enriquecerem a custa da desgraça alheia.
Um dia desses vivenciei algo terrível e inaceitável que além de tomar as providencias cabíveis, desejo compartilhar a fim de servir como alerta, pois bem:
A moto que uso habitualmente apresentou um problema, após deixá-la na oficina de costume, tive então que usar outra motocicleta que estava meio “encostada”, porém com tudo em ordem. No primeiro dia, correu tudo bem, apesar é claro da diferença entre os veículos, mas no outro dia inesperadamente o pneu furou, fazer o que? Parei, desci da moto, procurei uma borracharia e aproximadamente 40 minutos depois, estava de volta à estrada. Até aí tudo relativamente bem, ocorre que no dia seguinte o pneu furou novamente, imediatamente pensei: “Vou trocar a câmara de ar”.
Procurei uma oficina de moto e dei sequência ao meu plano. Como estava ressabiado, pedi o rapaz para tirar o pneu da roda a fim de que pudéssemos verificar a roda e o pneu, eu mesmo fiz questão de acompanhar a “inspeção” olhei atentamente e não vi nada de errado na roda ou pneu, mesmo porque o havia trocado há pouco tempo.
Resolvi então olhar a câmara de ar, mesmo sem enchê-la pude ver um pequeno furo bem na extremidade do único remendo que havia justamente colocado no dia anterior, até porque, a câmara também era nova, assim percebi que havia sido vítima de um serviço mal feito, entretanto, o pior estava por vir, observei que a câmara de ar em questão, era visivelmente um produto fabricado de maneira amadora, assim além de não encontrar a marca do fabricante o que asseguraria a existência de um processo industrial, pude observar que a mesma possuía uma emenda que estava por se soltar, aí apesar do prejuízo e transtorno, agradeci a Deus pelo livramento.
Lembrei-me então que havia levado a moto em uma empresa de minha confiança para trocar o pneu e a câmara de ar, é claro que deixei a moto lá e mais tarde voltei para pagá-la, é aí que a face cruel e criminosa da história se revelou.
Paguei pelo serviço e estava confiante de que com o pneu novo e câmara nova estava mais seguro, entretanto, quando virei às costas confiando que minha segurança seria levada em conta, alguém daquela empresa que pensei que conhecia desonesta e inescrupulosamente colocou uma câmara de ar de baixíssima qualidade dentro do pneu de minha moto, com isso, aumentou ainda mais o seu lucro, sem, no entanto, se preocupar com o fato de que isso poderia ter custado a minha vida, imagine estar em uma avenida de trânsito rápido e repentinamente o pneu se esvaziar por completo.
Com isso, cheguei a uma conclusão: Não dá para entregar a nossa segurança de olhos fechados para ninguém, precisamos sim acompanhar e verificar cada detalhe do serviço que está sendo prestado, como faz um o pára-quedista que dobra o seu próprio pára-quedas.
Sejamos chatos se for o caso, mas, temos que olhar a “câmara de ar” que estão colocando dentro do pneu de nossa moto, ver a marca, conferir a embalagem, temos direito de acompanhar a execução do serviço, hoje as cozinhas dos restaurantes estão abertas à visitação dos clientes, porque não acontecer isso nas oficinas de moto?
Vamos “brigar” pelos nossos direitos, exigindo e guardando nota fiscal dos produtos e serviços. Assim estaremos cuidando melhor da nossa segurança, evitando que “bandidos” travestidos de comerciantes nos coloquem em eminente risco.
Pensemos nisso!
Lucas Pimentel , 41 anos, é presidente da ABRAM - Associação Brasileira de Motociclistas, e membro titular da Câmara Temática de Educação para o Trânsito e Cidadania do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
Ainda fico indignado ao lembrar-me do episódio “soda cáustica” no leite nosso do dia a dia, é simplesmente revoltante constatar o que pessoas inescrupulosas são capazes de fazer para obter lucros e enriquecerem a custa da desgraça alheia.
Um dia desses vivenciei algo terrível e inaceitável que além de tomar as providencias cabíveis, desejo compartilhar a fim de servir como alerta, pois bem:
A moto que uso habitualmente apresentou um problema, após deixá-la na oficina de costume, tive então que usar outra motocicleta que estava meio “encostada”, porém com tudo em ordem. No primeiro dia, correu tudo bem, apesar é claro da diferença entre os veículos, mas no outro dia inesperadamente o pneu furou, fazer o que? Parei, desci da moto, procurei uma borracharia e aproximadamente 40 minutos depois, estava de volta à estrada. Até aí tudo relativamente bem, ocorre que no dia seguinte o pneu furou novamente, imediatamente pensei: “Vou trocar a câmara de ar”.
Procurei uma oficina de moto e dei sequência ao meu plano. Como estava ressabiado, pedi o rapaz para tirar o pneu da roda a fim de que pudéssemos verificar a roda e o pneu, eu mesmo fiz questão de acompanhar a “inspeção” olhei atentamente e não vi nada de errado na roda ou pneu, mesmo porque o havia trocado há pouco tempo.
Resolvi então olhar a câmara de ar, mesmo sem enchê-la pude ver um pequeno furo bem na extremidade do único remendo que havia justamente colocado no dia anterior, até porque, a câmara também era nova, assim percebi que havia sido vítima de um serviço mal feito, entretanto, o pior estava por vir, observei que a câmara de ar em questão, era visivelmente um produto fabricado de maneira amadora, assim além de não encontrar a marca do fabricante o que asseguraria a existência de um processo industrial, pude observar que a mesma possuía uma emenda que estava por se soltar, aí apesar do prejuízo e transtorno, agradeci a Deus pelo livramento.
Lembrei-me então que havia levado a moto em uma empresa de minha confiança para trocar o pneu e a câmara de ar, é claro que deixei a moto lá e mais tarde voltei para pagá-la, é aí que a face cruel e criminosa da história se revelou.
Paguei pelo serviço e estava confiante de que com o pneu novo e câmara nova estava mais seguro, entretanto, quando virei às costas confiando que minha segurança seria levada em conta, alguém daquela empresa que pensei que conhecia desonesta e inescrupulosamente colocou uma câmara de ar de baixíssima qualidade dentro do pneu de minha moto, com isso, aumentou ainda mais o seu lucro, sem, no entanto, se preocupar com o fato de que isso poderia ter custado a minha vida, imagine estar em uma avenida de trânsito rápido e repentinamente o pneu se esvaziar por completo.
Com isso, cheguei a uma conclusão: Não dá para entregar a nossa segurança de olhos fechados para ninguém, precisamos sim acompanhar e verificar cada detalhe do serviço que está sendo prestado, como faz um o pára-quedista que dobra o seu próprio pára-quedas.
Sejamos chatos se for o caso, mas, temos que olhar a “câmara de ar” que estão colocando dentro do pneu de nossa moto, ver a marca, conferir a embalagem, temos direito de acompanhar a execução do serviço, hoje as cozinhas dos restaurantes estão abertas à visitação dos clientes, porque não acontecer isso nas oficinas de moto?
Vamos “brigar” pelos nossos direitos, exigindo e guardando nota fiscal dos produtos e serviços. Assim estaremos cuidando melhor da nossa segurança, evitando que “bandidos” travestidos de comerciantes nos coloquem em eminente risco.
Pensemos nisso!
Lucas Pimentel , 41 anos, é presidente da ABRAM - Associação Brasileira de Motociclistas, e membro titular da Câmara Temática de Educação para o Trânsito e Cidadania do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
Fonte: www.motoflashbrasil.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário