Para falarmos do surgimento da moto, temos antes que contextualizar a época em termos de desenvolvimento técnico, onde a mecânica a vapor deu sua contribuição maior ao período que ficou para a história como Revolução Industrial. Naquela altura, as invenções, engenhos e máquinas a vapor surgiam em grande quantidade e naquilo relativo a duas rodas não seria diferente: mais cedo ou mais tarde alguém iria se lembrar de colocar um motor numa bicicleta.
De fato, não foi um, mas dois homens a terem a idéia ao mesmo tempo (ou pelo menos a conseguirem pô-la em prática e patenteá-la antes de qualquer outro) e reza a história que não sabiam da existência um do outro.
No mesmo ano, em 1869, o francês Michaux-Perreaux e o norte americano Sylvester Howard Roper, mostravam à Europa e aos Estados Unidos, respectivamente, as suas “motocicletas” movidas a vapor. Com estes dois ensaios bem sucedidos e outros surgidos mais tarde, desenhava-se o conceito daquilo que hoje conhecemos como motocicleta.
Não obstante, em pleno fulgor da mecânica a vapor, os motores de combustão interna começavam a aparecer e a ganhar popularidade, sobretudo por possibilitarem a sua aplicação a equipamentos de menores dimensões. Talvez por isso a “tecnologia” a vapor aplicada às motos nunca teve grande expressão, acabando por ser descontinuada antes do início do século XX.
Em 1882, Gottlieb Daimler, um engenheiro alemão que acabara de se desvincular da firma Deutz – fundada por Nikolaus Otto (inventor do motor quatro tempos) -, junta-se ao seu jovem amigo Maybach, cujos talentos iam desde o design até a engenharia, para evoluírem os princípios técnicos que conheciam dos motores produzidos na firma do antigo patrão. E, bastou apenas um ano para que conseguissem pôr a funcionar um motor monocilíndrico a quatro tempos, muito mais compacto e repleto de soluções inovadoras, sobretudo ao nível do sistema de ignição.
Em 1884, o propulsor de265 cc de Daimler atingia já as 600 rpm, uma rotação considerada elevada para a época, atingindo potência de 1 CV. Curiosamente, a intenção de Daimler nunca foi desenvolver um motociclo, mas sim um automóvel – vontade que veio a concretizar posteriormente quando se juntou à Mercedes Benz, para, juntos, deixarem o legado que hoje conhecemos.
Mas, voltando às motos, foi por uma questão de pragmatismo, que a primeira aplicação para aquele motor foi justamente a “Reitwagen” (na imagem), cujo significado nos atrevemos a traduzir livremente como “carruagem de montar”.
E foi assim que nasceu, numa pequena oficina em Cannstatt, perto de Stutgart, aquela que ficou para a história como a primeira moto do mundo, ainda que possuísse duas pequenas rodas laterais.
Em novembro de 1885, Paul Daimler, filho de Gottlieb, percorria cerca de 3,2 km, entre as localidades de Cannstatt e Untertürkheim sem experimentar quaisquer problemas – experiência que lhe valeu um lugar na história como o primeiro motociclista do mundo.
Original publicado no Guia Moto Turismo de Portugal
De fato, não foi um, mas dois homens a terem a idéia ao mesmo tempo (ou pelo menos a conseguirem pô-la em prática e patenteá-la antes de qualquer outro) e reza a história que não sabiam da existência um do outro.
No mesmo ano, em 1869, o francês Michaux-Perreaux e o norte americano Sylvester Howard Roper, mostravam à Europa e aos Estados Unidos, respectivamente, as suas “motocicletas” movidas a vapor. Com estes dois ensaios bem sucedidos e outros surgidos mais tarde, desenhava-se o conceito daquilo que hoje conhecemos como motocicleta.
Não obstante, em pleno fulgor da mecânica a vapor, os motores de combustão interna começavam a aparecer e a ganhar popularidade, sobretudo por possibilitarem a sua aplicação a equipamentos de menores dimensões. Talvez por isso a “tecnologia” a vapor aplicada às motos nunca teve grande expressão, acabando por ser descontinuada antes do início do século XX.
Em 1882, Gottlieb Daimler, um engenheiro alemão que acabara de se desvincular da firma Deutz – fundada por Nikolaus Otto (inventor do motor quatro tempos) -, junta-se ao seu jovem amigo Maybach, cujos talentos iam desde o design até a engenharia, para evoluírem os princípios técnicos que conheciam dos motores produzidos na firma do antigo patrão. E, bastou apenas um ano para que conseguissem pôr a funcionar um motor monocilíndrico a quatro tempos, muito mais compacto e repleto de soluções inovadoras, sobretudo ao nível do sistema de ignição.
Em 1884, o propulsor de265 cc de Daimler atingia já as 600 rpm, uma rotação considerada elevada para a época, atingindo potência de 1 CV. Curiosamente, a intenção de Daimler nunca foi desenvolver um motociclo, mas sim um automóvel – vontade que veio a concretizar posteriormente quando se juntou à Mercedes Benz, para, juntos, deixarem o legado que hoje conhecemos.
Mas, voltando às motos, foi por uma questão de pragmatismo, que a primeira aplicação para aquele motor foi justamente a “Reitwagen” (na imagem), cujo significado nos atrevemos a traduzir livremente como “carruagem de montar”.
E foi assim que nasceu, numa pequena oficina em Cannstatt, perto de Stutgart, aquela que ficou para a história como a primeira moto do mundo, ainda que possuísse duas pequenas rodas laterais.
Em novembro de 1885, Paul Daimler, filho de Gottlieb, percorria cerca de 3,2 km, entre as localidades de Cannstatt e Untertürkheim sem experimentar quaisquer problemas – experiência que lhe valeu um lugar na história como o primeiro motociclista do mundo.
Original publicado no Guia Moto Turismo de Portugal
http://www.ciceropaes.com.br
Pra que ouvir CD, MP3 e derivados, se aqui ei tenho a melhor rádio da Internet??? Hohohoho...
ResponderExcluirDelícias de sonsss!!!
Abraço KCLA
vlw amiga!
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