Um certo dia, um garoto chegou da escola e se deparou com uma linda Honda Gold Wing parada em frente de sua casa. O cromo e a pintura eram as coisas mais impressionantes que o garoto já tinha visto. Depois de admirar a motocicleta por algum tempo, o garoto entrou em casa para ver quem era. Aparentemente, um motociclista amigo da família e sua esposa vieram visitá-los.
O homem, orgulhoso, exibia sua barba comprida e seus couros marcados por muitos anos e milhares de quilômetros na estrada. Ao seu lado estava sua mulher com um sorriso contagiante. Ela também vestia couros como os do marido.
O garoto estava tão impressionado com o casal, que não saiu de seu lado, enquanto ouvia as mais interessantes historias de viagens, sonhando em um dia poder fazer o mesmo.
Finalmente, quando o casal se levantou para ir embora, o garoto perguntou:
- O que eu preciso fazer para ser um motociclista de verdade?
O homem se abaixou e respondeu:
- Meu filho, existem quatro coisas importantes que você precisa fazer para ser um motociclista de verdade.
Primeiro: Ande de motocicleta sempre que puder, e uma só é suficiente.
Segundo: Não se importe com o que as pessoas pensam de você. Você terá obstáculos suficientes na sua vida para deixar as pessoas colocarem ainda mais.
Terceiro: Faça suas próprias regras.
Quarto: Saiba que suas regras não se aplicam a mais ninguém, exceto a você mesmo.
O garoto não entendeu muito bem, mas nunca se esqueceu dessas palavras.
Por muitos anos ele economizou sua mesada para comprar sua primeira motocicleta. Finalmente ele conseguiu comprar uma moto cross. Não era nada muito especial, mas ele andava com ela todos os dias. Ás vezes, quando ele não queria parar ao anoitecer, amarrava uma lanterna na frente da moto para poder andar a noite.
Quando ele cresceu mais, vendeu a moto com a intenção de comprar outra maior algum dia.
Dias viraram semanas, semanas viraram meses e meses viraram anos. Finalmente, muitos anos depois, o garoto (agora um homem feito) se formou em Direito e abriu seu escritório. Pouco tempo depois, ele comprou uma cruiser novinha. Ele amava aquela motocicleta e gastou muito em cromo e pintura personalizada.
Ele e seus amigos andavam sempre pelas estradas em suas motos, indo de bar em bar, ou parando pra tomar rum café. Eles ficavam conversando e tirando sarro de todos que não andavam com “certa” marca de moto.
Um dia, voltando pra casa, ele avistou um homem idoso saindo de uma loja de conveniência. O homem trabalhava embalando mercadorias. Esse homem parou ao lado de uma velha Gold Wing. Os alforjes originais tinham sido substituídos por engradados de plástico amarrados na moto. O bagageiro traseiro foi trocado por um baú velho de couro. O pára-brisa estava amarelado com a idade e a pintura tão oxidada que era difícil determinar que cor ela era. O banco estava coberto com uma toalha velha e preso com fita adesiva.
O advogado assistiu a cena em choque, enquanto o homem guardava seu avental dentro de um dos engradados e tirava luvas de algodão de dentro do baú. Enquanto ele se preparava para montar na motocicleta, era visível que a artrite tornava a tarefa uma verdadeira luta. Porém, assim que ele se posicionou no banco, algo mágico aconteceu, como se os anos que se passaram tivessem deixado de existir. Com um sorriso no rosto, o homem virou a chave e deu a partida. A Gold Wing roncou como tem feito por milhares de vezes. Então, antes de partir, o homem abaixou as pedaleiras do passageiro, como se estivesse preparando para um garupa. Finalmente, ele colocou seu capacete e partiu em direção ao horizonte.
O advogado enxugou uma lagrima de seu rosto e se preparou para voltar pra casa. Ele tinha certeza de que aquele homem andava com as pedaleiras abaixadas para sua mulher que já se foi. E ele estava feliz novamente.
Então, só naquele momento ele conseguiu entender as palavras daquele motociclista que falou com ele tantos anos atrás
Texto: http://www.bodesdoasfalto.org.br/
O homem, orgulhoso, exibia sua barba comprida e seus couros marcados por muitos anos e milhares de quilômetros na estrada. Ao seu lado estava sua mulher com um sorriso contagiante. Ela também vestia couros como os do marido.
O garoto estava tão impressionado com o casal, que não saiu de seu lado, enquanto ouvia as mais interessantes historias de viagens, sonhando em um dia poder fazer o mesmo.
Finalmente, quando o casal se levantou para ir embora, o garoto perguntou:
- O que eu preciso fazer para ser um motociclista de verdade?
O homem se abaixou e respondeu:
- Meu filho, existem quatro coisas importantes que você precisa fazer para ser um motociclista de verdade.
Primeiro: Ande de motocicleta sempre que puder, e uma só é suficiente.
Segundo: Não se importe com o que as pessoas pensam de você. Você terá obstáculos suficientes na sua vida para deixar as pessoas colocarem ainda mais.
Terceiro: Faça suas próprias regras.
Quarto: Saiba que suas regras não se aplicam a mais ninguém, exceto a você mesmo.
O garoto não entendeu muito bem, mas nunca se esqueceu dessas palavras.
Por muitos anos ele economizou sua mesada para comprar sua primeira motocicleta. Finalmente ele conseguiu comprar uma moto cross. Não era nada muito especial, mas ele andava com ela todos os dias. Ás vezes, quando ele não queria parar ao anoitecer, amarrava uma lanterna na frente da moto para poder andar a noite.
Quando ele cresceu mais, vendeu a moto com a intenção de comprar outra maior algum dia.
Dias viraram semanas, semanas viraram meses e meses viraram anos. Finalmente, muitos anos depois, o garoto (agora um homem feito) se formou em Direito e abriu seu escritório. Pouco tempo depois, ele comprou uma cruiser novinha. Ele amava aquela motocicleta e gastou muito em cromo e pintura personalizada.
Ele e seus amigos andavam sempre pelas estradas em suas motos, indo de bar em bar, ou parando pra tomar rum café. Eles ficavam conversando e tirando sarro de todos que não andavam com “certa” marca de moto.
Um dia, voltando pra casa, ele avistou um homem idoso saindo de uma loja de conveniência. O homem trabalhava embalando mercadorias. Esse homem parou ao lado de uma velha Gold Wing. Os alforjes originais tinham sido substituídos por engradados de plástico amarrados na moto. O bagageiro traseiro foi trocado por um baú velho de couro. O pára-brisa estava amarelado com a idade e a pintura tão oxidada que era difícil determinar que cor ela era. O banco estava coberto com uma toalha velha e preso com fita adesiva.
O advogado assistiu a cena em choque, enquanto o homem guardava seu avental dentro de um dos engradados e tirava luvas de algodão de dentro do baú. Enquanto ele se preparava para montar na motocicleta, era visível que a artrite tornava a tarefa uma verdadeira luta. Porém, assim que ele se posicionou no banco, algo mágico aconteceu, como se os anos que se passaram tivessem deixado de existir. Com um sorriso no rosto, o homem virou a chave e deu a partida. A Gold Wing roncou como tem feito por milhares de vezes. Então, antes de partir, o homem abaixou as pedaleiras do passageiro, como se estivesse preparando para um garupa. Finalmente, ele colocou seu capacete e partiu em direção ao horizonte.
O advogado enxugou uma lagrima de seu rosto e se preparou para voltar pra casa. Ele tinha certeza de que aquele homem andava com as pedaleiras abaixadas para sua mulher que já se foi. E ele estava feliz novamente.
Então, só naquele momento ele conseguiu entender as palavras daquele motociclista que falou com ele tantos anos atrás
Texto: http://www.bodesdoasfalto.org.br/
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