quarta-feira, 31 de agosto de 2011

MAIS UM POUCO DE SONS OF ANARCHY 4ª TEMPORADA







A seção de pré lançamento da 4ª temporada de Sons of Anarchy ocorreu Ontem, dia 30 de Agosto de 2011, no Cinema Dome Theater em Los Angeles (Califórnia) e contou com os atores e criadores da série.



Esta chegando o dia!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

VOCÊ ACHA QUE SABE ANDAR DE MOTO?

VOCÊ NÃO ESTA SÓ!

Há algum tempo falamos aqui sobre "Porque motos caem mais do que aviões" . Naquele post mostramos que, ao contrario dos aviões, que só caem quando há uma sucessão de erros, basta um descuido para o motociclista comprar um terreno.





Mas também é verdade que em muitos casos um erro só não derruba a moto. Voce já deve ter tomado alguns sustos em que, mesmo alguém fazendo uma besteira na sua frente, foi possível evitar o acidente.



Também tenho certeza de que você já fez alguma besteira por aí. Mesmo um motorista/motociclista sensato erra vez ou outra.



A dica de hoje, então, é: você não está só; não faça besteira. Se você encontrar um idiota no caminho mas estiver atento e correto pode evitar o acidente. Não seja otimista ao ponto de achar que ao fazer uma gracinha, cometer uma imprudência, você não vai encontrar um idiota do outro lado.



No vídeo acima, o motorista esta 100% errado, ao entrar na rua sem qualquer cuidado, mas o motociclista poderia ter escapado dessa se não estivesse também em seus dias de idiota.





Algumas vezes um só erro derruba, mas há muitas situações em que mesmo com o erro do outro podemos evitar o problema. Como diz certo ditado "faça parte da solução, não do problema".














domingo, 28 de agosto de 2011

MOTOCICLISTAS - EXISTE DIFERENÇAS ENTRE ELES? PERGUNTO...





Escrito por JOÃO CRUZ em 28 AGOSTO 2011



Claro que há, respondo!



Enquanto uns utilizam motos para lazer, outros as usam como meio de transporte, havendo inclusive uma parcela bastante significativa que busca sua sobrevivência exercendo atividade comercial.



Enquanto alguns amadores simplesmente fazem seus passeios sem grandes abrangências, outros aventuram-se estrada afora na busca de novidades e desafios, dotados que estão do espírito estradeiro.



Outros as têm para se locomoverem eventualmente até ao trabalho, alguns passeios, aproveitando também para exibirem-se com elas.



E, por fim, temos os profissionais, que impulsionados pela força da profissão têm de enfrentar diuturnamente as adversidades do trânsito e intempéries, sejam elas favoráveis ou não no dia a dia do seu trabalho. Trabalho esse que por exigir demais do seu esforço e dedicação, não os deixa aproveitar as sedutoras e sublimes maravilhas que existem no mundo do motociclismo amador, do lazer.



O amador, por sua vez mais cauteloso e sem pressa ou obrigações a serem cumpridas, tem maiores oportunidades para sentir o encanto e o carisma existente no esporte. Acidentes são raros, e se ocorrem suas consequências são pequenas. Enquanto que o profissional, por força das suas obrigações comete infrações e desatinos alheios à sua natural vontade, levando-os a acidentes, muitos deles graves e alguns até funestos.



Então, porque sabendo desse risco prejudicial, que poderá inviabilizá-lo para o trabalho com sérios prejuízos a sí e à familia, esse profissional não se conscientiza e passa a utilizar a necessária cautela e o devido respeito às normas, às pessoas e aos colegas? Inclusive a si mesmo?



Se isso fizer, certamente descobrirá que em bem pouco tempo será também respeitado e que seu trabalho, agora com menor intensidade, será muito mais produtivo e compensador.



E no fim de tudo tenha por certeza que sentirá maior satisfação no que faz pelo fato de, unindo profissionalismo com amadorismo, aproveitará melhor sua útil e preciosa moto.



Coisa que antes não acontecia por falta de conhecimento e de atitude.



Agora, após ter lido esta opinião de um veterano escolado no motociclismo, que muito tombo levou, muito atoleiro enfrentou e que em cima de uma moto inglesa já comeu “o pão que o diabo amassou”, não tem mais desculpas.



Se estiver lendo esta realidade, aproveite o “arranco” e haja logo!



“Time is money” diz o americano!.



Mas nós latinos sabemos que lazer é saber viver! E muitas da vezes não há dinheiro que pague certos momentos de nossas vidas, pelo simples fato de que eles não voltam mais.



E aquele que sabe aproveitá-la ela sempre o recompensa, seja de uma forma ou de outra!



E se for em cima de uma motocicleta... que maravilha!!!



*João Cruz é autor do livro Motociclistas Invencíveis











sexta-feira, 26 de agosto de 2011

SONS OF ANARCHY 4ª TEMPORADA



Cresce a ansiedade pelo inicio da 4ª temporada do seriado que esta virando febre em todo canto, e nós não poderiamos ser diferente a isso e estamos contando os dias, afinal faltam apenas 11 dias para a estreia do novo season, estamos no aguardo pra matar a saudade dos fora da lei!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

AS CURVAS DA MORTE





Querido Afilhado, Joel Leão,



Essa moça é mesmo o que se pode chamar de Máquina de fazer Defunto.

Quem não sonha com a caveira de Carbono?



Nós velhos leões mas, ainda na ativa, especialistas em curvas, bem que gostaria-mos de dar uma voltinha

Nesse paraíso, e quem sabe até ficar por lá.

Colocar o descanso de lado cair nos macios braços do perigo, sentir as carícias doces da morte e até arriscar um envolvimento mais sério?



É por isso que usamos a caveira.

Porque para nós, o buraco é sempre mais em baixo!

Em baixo mesmo.



Gostei especialmente dos sapatos dela, os biquines de muito bom gosto.

E as sardas: Essas são divinamente lindas



Aí, você me pergunta; Você viu mesmo a moça?



E eu lhe respondo; Hoje mesmo sonharei com ela!



Porque os leões estão a solta; e no asfalto!...



Um forte abraço felino, seu padrinho,



Vasconcelos " André Leão "







Miau.....








Colaboração: Joel



Fonte: www.asletrasmortas.blogspot.com

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ORGULHO E PRECONCEITO





Caros companheiros de jornada, usuários de veículos de duas rodas, blogueiros, amigos, gente diversa e versada em discutir sobre usar e comprar motocicletas, e sobre relacionamento em grupo.



Sempre me pergunto porque tanta gente se ocupa em taxar e acusar outras pessoas, tomando como referência sua própria visão de mundo. Só porque você não concorda ou não acredita em algo, não significa que outra pessoa com o mesmo nível intelectual (ou mesmo financeiro) não possa.





No meio moto ciclístico, ao qual tenho voltado minha atenção ultimamente por fazer parte dele, é como todos os outros agrupamentos: nós de dentro temos uma visão, os outros, de fora, uma visão diferente.





Digo diferente, porque entendo que cada pessoa enxerga o mundo de um jeito, seu, único, particular. Daqui do alto do banco da minha motocicleta, posso entender que as pessoas achem que andar sobre duas rodas é algo extremamente perigoso. Entendo e até admito que alguns de nós tornamos o pilotar uma atitude perigosa. Mas existem negligentes em todas as áreas, ou ninguém nunca ouviu falar de “erro médico a terra cobre”?





Parafraseando o grande José Saramago, “todo pássaro come trigo mas só o pardal que tem a má fama”, existem motoristas barbeiros desde a invenção das carruagens, mas só os motociclistas é que são pilotos imprudentes, marginais, “cachorros-loucos” causadores de acidentes?





Cheguei atrasado no trabalho devido ao choque de três veículos, todos de quatro rodas. Então, não dá para culpar e punir apenas os condutores de motocicletas, partindo do principio de que todos podemos prevenir e até evitar um acidente. Mas o senso comum consegue conferir mais características negativas para contribuir com o preconceito da população em relação a nós motociclistas.





Um trabalho feito em parceria com as escolas de ensino fundamental, de pintura dos muros para cobrir a pichação e o vandalismo, foi recentemente confundido com “apologia a violência” e tentou, sem sucesso, denegrir a imagem de um Moto Clube. Sem conhecimento e totalmente despreparado para criticar que quer que seja, foi sumariamente desmentido pela Secretaria de educação, após muitos protestos de nossos companheiros.





Coisas assim são comuns. Notemos que as pessoas perdem tempo em criticar as características pessoais e não profissionais. Por exemplo, sempre questionam a vida privada dos artistas, mas não se questionam se o trabalho deles influencia negativa ou positivamente a educação infantil.

Enfim, são atitudes como essa que demonstram como a educação no Brasil deve melhorar. Quem não tem conhecimento não tem perspectivas.









Quanto a mim, eu ando em bando enquanto puder andar.









TEXTO: Joel Gomes – Colaborador do KCLA facção Recife.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

TESTES COMPARATIVOS DE MOTOS





Sobre testes comparativos de motos e outras observações



Caros companheiros de jornada, usuários de veículos de duas rodas, blogueiros, amigos, gente diversa e versada em discutir sobre usar e comprar motocicletas, e sobre relacionamento em grupo.



Sempre que vejo esses testes comparativos entre motocicletas de mesma categoria, um detalhe sempre me intriga: Já que cada fabricante tem sempre um truque na produção do seu modelo, a fim de diferenciá-lo dos demais modelos de mesma categoria, então, como seria possível uma comparação direta?



Explico: para fraseando um determinado site que trata do assunto, encontrei a seguinte comparação: “a moto [A], 400 cilindradas numa velocidade média de 100 km/h, fez 20 km a cada litro de gasolina, já a moto [B], 500 cilindradras no mesmo percurso, a mesma velocidade média, utilizou a cada 15 km, um litro de gasolina.



O que está errado neste comparativo? Simples. Eu não sou especialista em motores, em torque ou consumo de motores a combustão, mas não é preciso ser especialista. É preciso apenas não ser ingênuo.



Uma moto com uma cilindrada maior, em meu entendimento, não tem só um pistão a mais, ou talvez um sistema mais eficiente com a mesma quantidade de pistões. Tem também um motor mais robusto para aguentar a pressão exercida por esse motor, consequentemente vai precisar de freios mais eficientes e, em tese mais pesados, o que vai resultar em uma suspensão mais sofisticada, mais peso, e pneus mais largos para sustentar uma estrutura maior...



Enfim, o que eu queria que fosse observado nesse exemplo, alterado de um comparativo real é: nós consumidores, em sua maioria, não somos especialistas em eficiência mecânica, mas certas coisas são óbvias e certas comparações são no mínimo inexatas.



Num raciocínio simples, a relação cilindrada X consumo não pode ser observada de uma maneira direta: quando um aumenta o outro diminui, ou quando um aumenta o outro também aumenta. Isso é, no mínimo, subestimar o consumidor! Deve-se levar em consideração as inovações tecnológicas de cada modelo.



Outras coisas são menos óbvias, mas esse aspecto realmente saltou aos meus olhos devido a tamanha imperfeição comparativa. Tendo uma terceira opção de modelo, eu faria ao menos um test-drive...









Como sempre digo, eu ando em bando enquanto puder andar.









Joel Gomes – Colaborador do KCLA – Facção Recife (jotagomes@gmail.com)


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

COMO FUNCIONA O IMOBILIZER



Sabe aquela luz vermelha que fica piscando no painel da moto quando a desligamos? Aquela luz é um aviso de que o sistema de segurança — o famoso o imobilizador — se encontra ativo.



Mas, afinal, o que é (e como funciona) esse sistema de segurança que as montadoras optaram por colocar de série em algumas motos, já faz algum tempo, para tentar evitar o furto.



O “immobilizer” das motocicletas e um excelente sistema bloqueador de partida, já que ele evita que a motocicleta seja ligada com qualquer chave de contato ou com um jumper na ignição. Os sistemas desenvolvidos hoje em dia bloqueiam não só o sistema de injeção e ignição, mas também o sistema de partida do veículo.



O princípio de funcionamento do imobilizador é o seguinte: “Esta” motocicleta é feita para funcionar com “esta” chave e pronto. Pode colocar a chave que for, que se não for a original da moto, ela permanecerá bloqueada. Um alarme é bem diferente deste sistema. O alarme só nos avisa que a moto está sendo roubada e, tempo depois, corta a ignição ou injeção. Já o sistema imobilizador faz tudo isso e ainda impede o funcionamento do motor de partida, ou seja, o ladrão não consegue andar nem 100 metros com ela.



O melhor é que não precisamos nos preocupar em esconder nenhum controle ou carregar nada, basta andar com a chave da moto e, mesmo se a moto fosse roubada e transportada em algum outro veículo, não há como fazê-la funcionar sem a chave original.



O imobilizador está presente em carros e outros veículos há décadas, contudo, nas motos, faz pouco tempo, mais especificamente com o surgimento das motos injetadas. Hoje em dia é muito comum ver motos com este bloqueador, a Honda tem o HISS, a Kawasaki tem o Immobilizer, e assim por diante.



As primeiras motos dotadas com este sistema chegaram ao Brasil por volta do ano 2000, mas a primeira equipada com imobilizador que eu tive contato foi uma Ducati 999 ano 2003. Usarei essa moto de exemplo para tentar explicar como funciona o sistema. A Ducati foi umas das marcas de moto pioneiras a oferecer o imobilizador, o problema é que o sistema adotado pelos italianos é um dos mais complicados, aliás, o mais complicado que vi até hoje…rsrs



Digo complicado porque, de tão eficiente que é, mesmo alguém treinado e trabalhando em um bom centro técnico pode ter grande dificuldade em resolver o problema.



Quando você compra uma Ducati como esta, ela traz junto com o manual de usuário um cartão com um código — o Code Card — que você vai guardar como se fosse um cheque de um milhão! Também fazem parte do pacote três chaves, uma vermelha e duas pretas.



A chave vermelha você vai guardar junto com o cartão e somente irá utilizá-la se for realmente necessário, pois é ela quem vai codificar as chaves pretas com ajuda do Code Card para desbloquear a moto. Com essa vermelha é possível liberar até 4 chaves pretas.



Até aqui vamos bem, certo?



O sistema imobilizador da Ducati se divide em quatro setores: transmissor, receptor, decodificador e liberador. O transmissor é um microcircuito de alimentação com uma memória ROM (memória somente de leitura) colocado dentro da chave de ignição. O receptor é a antena que alimenta o transmissor através do campo magnético criado ao redor da chave quando ligamos o painel.



O decodificador do sinal está dentro do painel. Ele tem a função de analisar o código da chave e transmitir um novo código para a centralina da moto.



Finalmente temos o liberador, localizado na centralina da moto. Sua função é comparar seu código com o transmitido pelo painel para então liberar a partida caso os códigos sejam iguais.



Tá legal, mas como tudo isso funciona? Quando ligamos a chave de contato, o painel acende e ativa a antena. Esta, por sua vez, emite um campo eletromagnético capaz de alimentar o chip dentro da chave. O chip emite um código que será captado pela antena e, logo em seguida, será transmitido para o decodificador (painel).



O painel compara o código recebido com um segundo código que ele possui e, se o resultado for positivo, será enviado um novo código para a centralina que fará uma nova comparação, agora com o seu código. E se tudo estiver certo, será liberada a partida. Tudo isso em menos de um segundo.



Assim como tem o lado bom , também tem o lado ruim… é um sistema muito delicado.



Em algumas ocasiões, uma simples lavagem acaba dificultando a leitura da antena, e, portanto, bloqueando a moto. Uma dica importante se isto acontecer é aplicar ar comprimido entre o miolo da chave e a “capinha” plástica deste já que é ali que fica a antena.



Se a aplicação de ar não resolver, pegue o manual do usuário (e também, no caso da Ducati, o cartão e a chave vermelha) e siga o procedimento de desbloqueio. Se isso também não resolver, não tem jeito, procure auxílio de profissionais.



Abraço, espero ter ajudado e até a próxima.







Fonte: www.bestriders.com.br

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

VELOCIMETROS: PORQUE MENTEM?





Por que os velocímetros não marcam a velocidade real da moto? Às vezes a margem de erro chega a ser muito grande. Em motos com velocímetro analógico tudo bem mas, acho que as motos com velocímetro digital podiam marcar certo.

Wallan Lima - Rio de Janeiro/RJ



Esta não é só uma pergunta do Wallan, mas de muitas outras pessoas qie possuem motos, quem nunca quiz fazer um teste comparando a velocidade de sua moto com outra ou da moto com outro carro?



Acho que todo mundo já fez isso ou se não fez já procurou fazer, bom pesquisando muito e conversando com alguns mecânicos descobri o porque disso.



Mas antes que tal um pouco de física?





Vamos entender como funciona um velocímetro:



O velocímetro indica a velocidade do veículo. Nesse instrumento, costuma-se incluir também um hodômetro, que fornece a quilometragem percorrida. Na maioria dos veículos, o tipo de velocímetro mais usado é o magnético.



O velocímetro é acionado geralmente pela árvore de saída da caixa de transmissão, cuja velocidade de rotação é proporcional à do veículo. O movimento transmite-se pelo cabo do velocímetro, flexível e giratório, acoplado à árvore principal do instrumento, que comporta um ímã. Próximo ao ímã, sobre a mesma árvore, um disco de alumínio liga-se diretamente ao ponteiro. Do outro lado do copo de alumínio há um estator de aço.



O ímã gira, provocando assim a variação do campo magnético. Em conseqüência dessa variação, surgem no copo correntes de Foucault, que dão origem a um outro campo magnético. Da interação dos dois campos, resultam forças (torque) que provocam a rotação do copo. Este, no entanto, é impedido por uma mola espiral de girar completamente, sofrendo apenas uma deflexão proporcional ao torque, que é transmitida ao ponteiro.

O tipo mais comum de velocímetro é dotado de um ponteiro sobre uma escala circular ou em arco, mas às vezes o indicador é digital.



Segundo alguns fabricantes e donos de concessionárias, todas as motocicletas feitas para andar nas ruas registram a velocidade sempre com erro de 5% a 10% acima da velocidade real. Essa erro é proposital e serve como margem de segurança que ajuda a pervenir o motociclista de receber multas por excesso de velocidade ou se estourar todo.

Mas se você é como eu e gosta das coisas perfeitinhas, recomendo levar a Kansas em uma oficina especializada e eles regulam eletronicamente o velocimetro.

Mas se vocês quiserem calcular a velocidade real da moto, entre aqui:









Fonte: www.geocities.com


terça-feira, 16 de agosto de 2011

SANTA CRUZ MOTO FEST 2011 "narrativa"





Narração dos fatos do deslocamento: Santa Cruz Motofest 2011 e outros detalhes.



Para todos os interessados e para os que extranharam o tituo desse texto, motociclistas e amantes de veículos de duas rodas, meus amigos;



A explicação é simples. Como colaborador de um blog pertencente a um motoclube, eu me atrevo a mandar textos para eles publicarem, pela facilidade que tenho para escrever. Mas também faço pesquisas em outros sites dos quais republico as materias que achar interessantes e pertinentes ao assunto do blog.



Acontece que, outro dia fazendo minhas pesquisas encontrei a seguinte declaração: “...não queremos saber se sua moto quebrou, (...) estamos cançados de relatórios de viajem...”. Fico pensando: então, sua moto não quebra? Certo, você é um heroi,mas porque as pessoas que passaram por uma experiência de ter a moto rebocada não deveriam contar?



Que fique bem claro que eu não o estou criticando, apenas, e para parafrasear Voltaire grande pensador iluminista, “Não concordo com nada do que você me disse, mas defendo até a morte o direito de você dizê-lo”.



Só para não deixar de fazer o que realmente me propus, um relatorio de viagem do evento considerado o melhor de 2010, então, vamos por partes:



1- a cidade é linda, e as pessoas são cordiais, ao menos as pessoas que eu encontrei e as quais me dirigi. Sou pernambucano e acho-nos pouco cordiais. Os potiguares, ao menos nos dois dias em que estive lá, demonstraram ser pessoas mais amáveis, ofereceram-se para me ajudar, me mostraram o caminho, puxaram conversa, ofereceram a cadeira... A cadeira foi um momento especial que eu deveria relatar: imaginem vocês que o mercadinho em frente ao estadio de futebol Iberezão, onde ficou um dos camping, tinha duas cadeiras de balanço, dessas comuns, e que eu fiquei uns minutos esperando os meus amigos virem me buscar para almoçarmos, e ai o dono do mercadinho me oferece “sente-se em porcina” trazendo uma cadeira de balanço para que eu sentasse. Passei meia hora sorrindo...






2- para visitarmos a Santa Rita de Cassia, peguei um moto taxista, minha moto estava quebrada e os outros haviam trazido as esposas e não poderiam me levar. Contratei um rapaz, contei para ele onde queria ir e que ia uma turma atraz o seguindo. No começo ele perguntou se eu queria ir pilotando porque eu falei para ele que estava com a moto parada. E quando chegamos lá ele disse “podem deixar os capacetes ai sobre as motos, aqui ninguém leva, não temos ladrões...”. Perguntado o porquê dessa afirmação ele me disse “eles (os ladrões) aqui não duram muito...”. Seria cômico se não fosse trágico, e eu tive que conter a risada.



3- Na hora do almoço o restaurante já estava fechando e recolhendo a comida, pois já passava das quatorze horas. Mas os funcionarios abriram para nos atender e trouxeram a comida de volta. Deliciosa...





4- O show programado pelo evento é uma observação que não devo deixar de fazer por ser para mim a mais importante. A primeira banda, On The Rocks, pega um a um os adesivos de motoclubes e lêm: “moto clube (...), sejam bem vindos e tal”. Na hora que pega um dado pelo meu amigo, ele solta: “KCLA – esses caras andam pra caralho!”, gritamos durante uns cinco minutos. Na manhã seguinte quase não consigo falar...



5- No outro dia, o domingo, o tradicional café da manhã conta com um caldo de carne. Ainda não tinha visto, mas provei e estava delicioso.





6- Passadas as primeiras horas da manhã, estou a procura de uma sombra para aguardar o meu “reboque”, um amigo que perdeu o domingo para vir me buscar. Taxistas identificam que não sou de lá, capacete na mão, sacola, bolsa, colete. Começam a me oferecer carona. Um deles, mais divertido puxa assunto e eu conto que sou de Olinda, e estou esperando um reboque, ai ele sai com essa: “vamos eu te levo até lá, e só eu botar uma carrocinha no meu carro...”. Tive que sorrir. Agradeci mas disse que meu socorro já estava chegando. Ele entendeu e foi embora, depois de fazer um monte de piadas sobre o bar em que estavamos.





Então eu, sem a menor pretensão de contradizer quem quer que seja, acho que os relatorios de viagem são bem vindos sim, pois cada um observa por si, e só você pode dizer o que você vê ao frequentar o nosso meio.







Texto e colaboração: Joel gomes – Colaborador do KCLA – Facção Recife (jotagomes@gmail.com)



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

BAR DE MOTOQUEIRO!





E se Hunter Thompson vivesse em Ponta Negra?



Curto muito bar de motoqueiro. Apesar de, é verdade, nunca ter frequentado um. Vai ver meu fascínio por ver um lugar cheio de motocicletas, rapazes e garotas tatuados com roupas negras de motociclista, tomando cerveja, jogando sinuca e ouvindo rock'n roll, tenha a ver com os filmes que eu vi, com o romantismo a la easy rider já perdido no cinema com a morte do ator Denis Hopper, ou de ver James Dean e Marlon Brando nos filmes clássicos das antigas, ou da necessidade de saber se o clima nesses points é realmente legal. Na verdade, pode ser que tudo não deixe de ser mera babaquice minha, e esse pessoal que curte motociclismo apenas seja uma galera chata, careta, que gosta de fazer moda, mas não tem um milímetro de espírito roqueiro. Vai saber? Uma vez, num boteco de Natal, vi uma cena engraçada, quando um grupo de motoqueiros ameaçou tomar de assalto a pequena rua de bares, perto de onde eu morava, e na verdade os caras sentaram no local (uma turba de quarentões e cinquentões bem comportados), e só pediram refrigerante. Isso mesmo, refrigerante, e quando muito, uma garrafinha de água mineral. Os caras (alguns acompanhados de suas digníssimas na garupa) passaram pelo menos umas duas horas no local sem pedir sequer uma batata frita. Não demorou pro dono do bar ficar puto e, pressagiando o prejuízo em manter aquela corja de barbudos sem consumir, sem a menor cerimônia enfrentou a gangue, ordenando que vazassem geral do recinto, e (pasmem), o grupo saiu comportadamente à francesa, sem dar nem um pio. Como diria o personagem do Leão da Montanha: saída estratégica pela direita!!



Os motociclistas que vi em Natal (uma amiga diz que "motoqueiro" é entregador de pizza) são bem diferentes dos impávidos e temidos Hell Angels dos Estados Unidos das décadas de 60 e 70, que foram eternizados em canções da banda Steppenwolf, como Born to be Wild, ou condenados pela opinião pública como um grupo de bandidos motorizados, assassinos fora da lei e desordeiros, que detonaram com dezenas de facadas e golpes de soco inglês um rapaz negro no trágico concerto dos Rolling Stones, em Altamont, no começo da década de 70, num episódio que a própria banda de Mick Jagger, hoje, faz questão de esquecer. Motociclista do Hell Angels era sinônimo de encrenca, e montados numa Harley Davidson faziam horrores na estrada, assustando motoristas incautos, como um enxame de abelhas a zunir pelo asfalto. Ahhh! A mistura de perigo, testosterona, violência e velocidade do grupo, com suas motocicletas iradas, fez a libido de muita gente e era pretexto garantido para se pegar mulher gostosa e tatuada. Afinal, os brutos também amam!



O escritor e jornalista norte-americano Hunter Thompson, conhecido por inaugurar o chamado jornalismo "gonzo" (Artur Veríssimo da revista Trip, no Brasil, parece ser um fiel seguidor), e um junkie de plantão, foi o responsável por desmistificar a figura dos Hells Angels, numa clássica obra do mesmo nome, que revela um belo trabalho de antropologia jornalística. Hunter conviveu com os caras das motos por vários meses, analisando seus hábitos, participando de suas festas, observando suas orgias (quando rolava uma, ao menos); mas, principalmente, relatando seus dramas, quando esses cavaleiros modernos deixavam estacionadas suas carruagens de metal e voltavam pra realidade nua e crua, pegando no batente, assumindo vidinhas toscas, previsíveis e proletárias, sendo, na sua maioria, trabalhadores braçais da construção civil, estivadores, faxineiros, operários ou mecânicos de automóveis, que torravam as economias com a manutenção de suas máquinas, birita e garotas. Ao se reunirem com suas motos à beira da estrada, na entrada dos bares, unidos em grupo, aquela turba de yankess barbudos e cabeludos pobretões acabavam se tornando uma espécie de maçonaria hardcore do fim do sonho americano, com códigos próprios, formas de andar, vestimentas e linguajar acessível somente aos iniciados. Um hell angel tinha que saber primeiro a linguagem do motor: barulhento, rouco, sujo, como uma música do Motorhead, para depois seguir junto à matilha, em mais um passeio em que o menos que importava era saber onde se ia chegar, mas sim que bastava ter a chave, a ignição, e sua motocicleta, para um asfalto percorrer e para combustível gastar. Os Hell Angels inventaram a poesia motorizada!





Eis que os motociclistas de hoje em dia, que frequentam botecos natalenses como o Gringo's, são na verdade, em sua imensa maioria, senhores distintos de classe média alta, ou que pelo menos economizaram bastante pra comprar uma moto possante como uma Harley ou similares, mas estão longe da figurinha outsider das cenas de cinema ou dos livrinhos de história. Aí é que está a diferença do que foi mito e do que se tornou realidade. Os Hell Angels e diversos grupos de motociclistas no hemisfério norte ainda existem, e são altamente organizados, funcionando com clubes com estatutos próprios e completamente legalizados, mas já vai longe a fama de maus e perigosos. Acabada a flower generation e o pesadelo da família Manson ou da morte de John Lennon, com o fim do sonho, a figura violenta e mítica do motociclista tatuado saiu de cena, para dar espaço ao pai de família, ao bon vivant yuppie ou funcionário público que quer só curtir sua motocicleta, passeando de vez em quando de bar em bar, mas sem formar uma alcatéia definida. O século XXI, com seu mundo virtual veloz e estratosfericamente lisérgico, já dá um barato muito mais alucinante que as drogas e cogumelos atrozes, que faziam a cabeça dos doidões na longínqua década de 70.



Hoje, figuras como Thompson morreriam de tédio, ou achariam muita graça dos saudáveis garotos de hoje, que recém-saídos da lactância juvenil, acabam arriscando um porre federal, entre uma ou outra engolida de Jägermeister, misturada com muita cerveja e destilados baratos. Os motociclistas de hoje não arriscariam mais do que uma latinha de cerveja (e olhe lá), sob pena de serem agarrados numa blitz policial, perdendo a carteira de motorista, uma multa altíssima, além de poderem ir pra cadeia se não pagarem fiança, correndo o risco de terem apreendidas suas amadas motocicletas. É! O mundo perdeu um pouco de seu romantismo, quando era divertido brincar de ser perigoso. Mas, hoje, para nós pobres mortais, contribuintes do IPVA nosso de cada dia, é melhor vir de táxi pro bar, ou somente ver os malabarismos rodoviários de motociclistas na tela da TV, assistindo um remake do Selvagem da Motocicleta. Ao menos, please, toquem Steppenwolf! Born to be willllldddd!!!

por Fernando Silva Alves.







Fonte: www.gringosbar.blogspot.com

domingo, 14 de agosto de 2011

FELIZ DIA DOS PAIS



A vocês, que nos deram a vida e nos ensinaram a vivê-la com dignidade, não bastaria um obrigado. A vocês, que iluminaram os caminhos obscuros com afeto e dedicação para que os trilhássemos sem medo e cheios de esperanças, não bastaria um muito obrigado. A vocês, que se doaram inteiros e renunciaram aos seus sonhos, para que, muitas vezes, pudéssemos realizar os nossos. Pela longa espera e compreensão durante nossas longas viagens, não bastaria um muitíssimo obrigado. A vocês, pais por natureza, por opção e amor, não bastaria dizer, que não temos palavras para agradecer tudo isso. Mas é o que nos acontece agora, quando procuramos arduamente uma forma verbal de exprimir uma emoção ímpar. Uma emoção que jamais seria traduzida por palavras.



Feliz dia dos PAIS.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ESTRADAS QUE MATAM





Já fazia muito tempo que eu não viajava de moto, a última vez foi em 98 quando fui a Salvador com uma Sahara, de lá pra cá só de carro pois as estradas não estavam inspirando muita confiança. No Natal de 2007 resolvi por as rodinhas de fora e encarar uma viagem pelo interior de Minas Gerais, como são lindas e trágicas aquelas estradas…



Minha família é bem espalhada, uma parte na capital do Rio de Janeiro, parte no interior do estado, mais uma parte em Minas Gerais, outra no Sul, sem contar com uns agregados espalhados pelo Nordeste. Nessa parte que vive em Minas Gerais estão a maioria dos tios (14 só por parte de pai) e primos (acho que são quase 100, mas nunca consegui contar todos), então resolvi que o Natal seria um bom momento para reencontrar ao menos um dos tios, com seus nove filhos (família grande…). São de Itabira, cidade de Carlos Drummond de Andrade e primeira sede da Itabira Iron Ore Company, estatizada durante a ditadura Vargas e atualmente conhecida como Companhia Vale do Rio Doce. Seria um bom momento também para eu e Claudia, minha esposa, encararmos uma bela viagem com a Harley Electra Glide Classic depois que alterei seu motor.



Arrumamos as malas, os presentes e tudo mais na Harley e saímos na sexta feira pela manhã com planos de dormir em Ouro Preto, assim não correríamos o risco de um cansaço excessivo e ainda aproveitaríamos o passeio para conhecer as cidades históricas mineiras. Saindo do Rio de Janeiro pegamos um excelente trecho até perto de Juiz de Fora onde deu para desenvolver boa velocidade, curtir uma boa música a bordo e apreciar a paisagem. Foi sem dúvida o melhor trecho da viagem e a moto chegou a fazer médias de 20 km/l, a melhor média, pois no restante da viagem ficamos sempre perto dos 18 km/l. Perto de Juiz de Fora as duas belas pistas da BR-040 se transformam em uma pista dupla, alternando entre o bom calçamento e acostamentos razoáveis e uma pista horrível, perigosa, cheia de buracos, sem sinalização alguma.



Apesar disso, chegamos bem até Conselheiro Lafaiete onde peguei um trecho da Estrada Real que iria nos levar dali até Ouro Preto, depois Mariana, Santa Bárbara, Barão de Cocais e por último, Itabira. Teria sido uma ótima escolha se no Brasil se a estrada estivesse com um mínimo de conservação, pois a “Estrada Real” é por si um ponto turístico, ou via turística, onde os visitantes serpenteiam pelas velhas cidades mineiras e sua cultura secular. Só que a Estrada Real não “existe” no sentido de ser uma estrada só, ela é a união de várias pequenas estradas que são ligadas por vias sem nenhuma sinalização, sem contar que nessas pequenas cidades, como a própria Lafaiete, não dá pra diferenciar aonde o piso é ruim e aonde é um quebra molas invisível, daqueles sem tinta amarela e sem placa. Se existem duas coisas que os mineiros adoram é pão de queijo e quebra molas, até a BR-040 (que liga Rio a BH) tem quebra molas, e não é só um não, são vários e em vários pontos. Não adianta ter lei regulamentando o uso de redutores de velocidade porque basta ter um trecho de estrada perigoso que o prefeito vai lá e “planta” um quebra molas, ao invés de arrumar a estrada.



Sinalização é algo até hilário. Quando existem, apontam para o lado errado (e eu não estou brincando) ou estão encobertas por plantas, outdoors ou até por outras placas. Depois de sofrer um pouco em Lafaiete, cidade onde não há nem um metro de asfalto liso, consegui pegar a estrada que iria até Ouro Preto, passando por Ouro Branco (é a mesma estrada para as duas cidades, embora as placas de Lafaiete digam o oposto). Em Ouro Branco a história se repete: centenas de quebra molas, milhares de buracos e nenhuma placa. Pelo menos a “Estrada Real”, depois que você entra nela, é razoavelmente boa até que surja um “ponto perigoso”, geralmente perto de uma vila ou escola, que os prefeitos fazem questão de construírem a um metro da rodovia. Nesses pontos perigosos vê-se de tudo, e infelizmente o que eu vi foi morte. Pelo menos dois dos vários acidentes que presenciei foram fatais, infelizmente. Em uma época de Natal, onde a Paz e a Família deveriam ser o mais importante, ver corpos mutilados em uma estrada “turística” não é nada agradável.



Cheguei a Ouro Preto por uma via menos comum (a tal Estrada Real), e talvez por isso fui premiado com uma completa ausência de placas, a ponto de eu ter tomado a direção errada para o centro histórico dezenas de vezes, em plena chuva de final de tarde naquelas ruas de pedras escorregadias pilotando (ou tentando pilotar) uma moto com peso total acima de 500 kg. Em uma das inúmeras subidas esburacadas e molhadas, com a moto deslizando aos meus pés, decidi ir embora e dormir em Mariana, uma cidade mais plana, chega de Ouro Preto!



Lá chegando, mais uma vez nenhuma placa a vista. Pra falar a verdade na estrada tinham duas placas apontando “Centro Histórico” em direções diferentes, assumi que a “Centro Histórico – Esquerda” era mais confiável que a outra, que apontava para seguir em frente. Acho que peguei a direção certa, mas mesmo assim fiquei engarrafado uns 15 minutos por causa de um alagamento perto das vias que dão acesso ao centro (estava chovendo) até conseguir chegar até uma pousada atraente. Pelo menos a pousada era muito boa, e a comida no restaurante ao lado melhor ainda. Nada como uma boa cerveja, um caldinho de feijão e um frango ao molho pardo para esquecer as mazelas das estradas. Os mineiros são extremamente atenciosos com os visitantes, não posso deixar de comentar. E a culinária mineira é espetacular.



Dia seguinte sigo para Itabira passando por várias cidades pequenas. A estrada é linda, a paisagem por cima daquelas serras cheias de minérios é deslumbrante, mas é bom levar um GPS porque não há placa alguma, e leve também uma bola de cristal que avise que depois daquela curva em decida há uma cratera escondida que cabe a moto inteira dentro. Deus do céu, porque os buracos não ficam ao menos em um lugar visível? Pelo menos isso!



Nesse trecho vi mais um acidente, pelo menos não foi fatal. Em volta do carro esmigalhado, roupas, presentes e pessoas chorando assustadas, mas nenhuma morte. Deus é brasileiro!



Antes de Itabira é preciso pegar um trecho da BR-262 (que as placas insistem chamar de BR-381, que na verdade só começa perto de João Molevade, em outra direção), e a estrada estava boa na direção Belo Horizonte pelos 5 km que estive nela até que vejo uma placa em uma subida: “Itabira, acesso a 500m” e logo em seguida “Fim da 3ª faixa a 400m”. Pensei “pelo visto a terceira faixa acaba antes do trevo de Itabira, preciso tomar cuidado”.



Infelizmente na verdade a estrada inteira acabava antes do trevo, que ficava no início da descida seguinte em meio a um canteiro de obras não sinalizado, com quebra molas invisíveis da mesma cor do asfalto com as três pistas de cada lado do morro se transformando em apenas uma única “viável”. Por causa da obra a agulha que serviria para pegar a direção de Itabira estava bloqueada, passei reto para não cair, e tive que dar a volta em um retorno próximo pra finalmente pegar a entrada para Itabira usando o desvio pelo acostamento do lado oposto da pista. Essa eu realmente me assustei. Não por acaso, soube pelo meus primos que esse “trevo” é o campeão de acidentes da região.



Na volta para o RJ após o natal decidi abandonar a “Estrada Real” e seguir pelas BR’s, passando pelo anel rodoviário de Belo Horizonte. A BR-262 é horrorosa nesse trecho, e infelizmente presenciei uma batida frontal entre dois veículos em direções opostas. Para aquelas famílias, o dia 25 de dezembro certamente ficará na lembrança como um dia triste, sem presentes, sem festas. Seguindo pelo anel rodoviário, muita chuva e várias cenas com derrapagens causadas por aquaplanagem, mas pelo menos aparentemente sem mortes. Eu procurei ficar na parte central da pista, aonde é mais seco e seguro, e mesmo andando relativamente rápido para a situação, alguns caminhões insistiam em ultrapassar me jogando toneladas de água suja e pedras. Motociclista sofre!



Quando finalmente peguei a BR-040 na saída de BH, já com o tempo limpando, passei seguramente uns 80 km em meio a um grupo de adolescentes bêbados que seguiam para o sul. Ora eles brincavam de racha, lado a lado, ora um ultrapassava o outro, ora me fechavam e davam risada, e assim foi até eu desistir e parar para abastecer. Eu havia saído de Itabira na tarde de segunda, feriado de 25 de dezembro, e apesar dos sustos e da chuva daria para chegar ao Rio de Janeiro antes de anoitecer. A prudência me recomendou dormir em Barbacena em um ótimo hotel escola do SENAC, com direito a piscina aquecida e sauna, para voltar ao Rio só no dia seguinte pela manhã.



O saldo final desse fim de semana foi um misto de boas e más lembranças. As boas por causa da paisagem de algumas dessas estradas, especialmente da Estrada Real, além do reencontro com a família, o bom desempenho da moto e a festa do Natal. As más lembranças ficaram por conta das terríveis estradas que nos servem, que matam sem dó nem piedade, sem sinalização alguma, sem o menor cuidado com o motorista para no final virarmos apenas uma estatística de mortes em um final de ano. Se há algo bom nessa história é que eu não vi nenhum motociclista acidentado, o que não significa muita coisa, pois notei também que somos muito poucos nessa carnificina rodoviária.



Segundo a Folha de SP foram contabilizadas entre os dias 22 e 25 de dezembro de 2007 nada menos do que 1743 acidentes em estradas federais com 90 mortes e 1208 feridos, Minas Gerais foi o campeão de acidentes seguido por Santa Catarina. Não estão nesse número os acidentes e mortes que presenciei nas estradas menores, que não são federais, e ficam fora das estatísticas oficiais. Ao ler esse balanço pensei nas famílias que vi chorando na beira das estradas estaduais, nem nas estatísticas elas serão lembradas.



Por uma dessas coincidências, estive nessa mesma região em 2010, passando por algumas dessas estradas de carro. Infelizmente não mudou muita coisa, e vários acidentes fatais (vi pelo menos dois corpos no meio do asfalto, em duas situações diferentes, um deles envolvendo uma moto na BR-040) combinados com outros não fatais (dois engavetamentos, carros que caíram da estrada depois de capotarem sobre o guardrail, felizmente sem fatalidade) mostram que ainda é muito perigoso viajar em épocas de festas no verão, especialmente por causa da chuva forte típica dessas épocas. Enquanto fazia a pesquisa para atualizar os números de acidentes e mortes de 2010, encontrei essa matéria no R7 Notícias, justamente sobre a estrada onde eu mais presenciei acidentes: Pelo menos 25 pessoas morreram nas estradas federais e estaduais mineiras durante o feriado de Natal. Quinze batidas foram registradas durante a tarde de domingo (26) no trecho da BR-381, entre João Monlevade e Belo Horizonte.



Ainda nessas pesquisas, encontrei dados de 2009, referindo-se a um aumento nos acidentes em relação a 2008: Durante as festas de fim de ano foram registrados 8.864 acidentes nas rodovias federais de todo o Brasil, segundo balanço da Polícia Rodoviária Federal, divulgado nesta segunda-feira (4). Cerca de 455 pessoas morreram e outras 5.676 ficaram feridas do dia 19 de dezembro a 3 de janeiro de 2010. A operação da polícia federal de 2009/2010 registrou 24% mais de acidentes e 4% a mais de mortes em comparação ao ano passado.



Os dados consolidados de 2010 ainda não estão disponíveis, mas há indícios que houve aumento de acidentes no período de final de ano em relação a 2009, pelos poucos relatórios regionais que tive acesso. Eu tenho sérias dúvidas se esse aumento de acidentes está sendo causado pela imprudência dos motoristas, já que temos lei seca, vistoria de veículos, airbags e ABS em carros e motos não muito caros, ou se realmente são as estradas que matam.











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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

JÁ FOI A UM ENCONTRO DE MOTOCICLISTAS?





Parece meio estranho, mas a pergunta é pertinente. Conheço muita gente que nunca foi, ou que já foi e não gostou, achando que são todos iguais. Os populares “encontros de motos” ocorrem em diversas cidades brasileiras, com maior ou menor grau de organização e são sempre muito bem freqüentados. Eu já fui a vários, desde os internacionais (Daytona Bike Week) até encontros variados no Brasil, alguns organizados pelas marcas (BMW ou HOG da Harley-Davidson) outros organizados por empresas de eventos profissionais ou por motoclubes regionais.



Conheço vários motociclistas que são freqüentadores assíduos desses eventos, enquanto outros participam somente quando as condições são muito favoráveis, como um grupo de amigos indo junto aliado com um tempo bom, por exemplo. O fato é que esses eventos, e é isso que eu queria comentar aqui, são populares e, na minha opinião, são mal explorados pelos fabricantes e demais participantes dessa imensa indústria que orbita o setor de motos. Não vou citar nomes nem cidades para não desmerecer o trabalho duro de quem tenta promover esses eventos, mas já fui a alguns deles em boas cidades turísticas (ótimas acomodações, bons restaurantes e alternativas de lazer) que infelizmente não tiveram a divulgação merecida, nem o “show” que os visitantes mereciam ter visto.



O motociclista espera, ao ir a um evento desses, ver as novidades das marcas, comprar acessórios ou vestuário, e talvez até fazer a manutenção da moto, como ocorre com algumas marcas de pneus que montam verdadeiros pit-stops, com bom preços, montagem e balanceamento de rodas. O motociclista também espera ver e reencontrar a divertida “fauna” da sua espécie, ou seja, ver o movimento das pessoas, o desfile de apaixonados por motos e ver as soluções que cada um encontrou para deixar sua moto mais especial. Tudo isso faz parte do show, mas nem sempre acontece assim.



Há eventos com problemas de segurança, roubo de motos, acidentes de trânsito, entre outros problemas organizacionais típicos. Imagine fazer uma cidade pequena receber, de uma hora para outra, milhares de motociclistas e um sem número de visitantes sem o apoio oficial da polícia, da prefeitura, etc.



Também fazem parte desses eventos um bom show de rock, algum show “espetacular” com as tradicionais manobras acrobáticas ou provas de arrancada, enfim, coisas que trazem o sorriso ao rosto do motociclista e enaltece nossas paixões. Conheço vários amigos que levam a família a esses eventos, eles nas motos e as mulheres com os filhos e as bagagens nos carros, tentando aproximar esse mundo apaixonante ao núcleo de sua família. Criança não fica até tarde vendo shows de rock, mas gostam do barulho das motos, dos desfiles, gostam de tirar fotos com os personagens mais estranhos. Ainda acho que falta alguma coisa para elas (e para as esposas) nesses eventos, mas nada me deixa mais triste do que ir a uma cidade esperando encontrar um belo show, mesmo tendo que pagar pela entrada, e acabar encontrando um “churrasco” de amigos precariamente organizado por um motoclube local.



Por causa dessa diversidade de “formatos” de eventos, com o passar dos anos fui selecionado os poucos que participo regularmente. Hoje me limito a três ou quatro por ano, no máximo, todos dentro de um adequado raio de distância da minha casa. Sei que existem outros muito bons por aí, mas a falta de tempo para viagens longas complica um pouco. E tem a questão dos amigos, que nem sempre podem se deslocar para muito longe. E mesmo dentro desse raio de ação limitado, tem muito evento que não vale uma visita. Uma pena.



Perguntei no inicio desse texto se vocês, leitores, já tinham ido a um encontro de motos, e agora pergunto por que alguns eventos não contam com a participação mais assídua da indústria e acabam minguando, perdendo completamente o lado “show” virando apenas mais um “churrasco” de amigos?



Não há uma resposta única, mas conversei com vários personagens importantes desse “mundo de eventos” e encontrei algumas respostas comuns. Os fabricantes, apesar de reconhecerem a importância desses encontros, procuram sempre participar através de uma revenda local em regime de parceira, dividindo custos, e infelizmente ocorrem duas coisas: nem todo fabricante tem um modelo de parceria interessante para a revenda local querer investir e nem toda revenda local tem o perfil que o fabricante gostaria para patrocinar em um evento desses. Quando essas variáveis não casam, o fabricante não aparece.



Os lojistas de acessórios e vestuário alegam que não tem condições de participar de tantos eventos (são centenas por ano), e acabam selecionando somente àqueles que dão melhor retorno. É compreensível, além do custo do estande, há o custo logístico e fiscal de mover toda operação para um local distante, problemas trabalhistas, fraudes em pagamentos, etc. As dificuldades são imensas para esse pequeno empresário, e, se a estratégia comercial não for muito bem feita, a conta não fecha.



Algumas poucas cidades oferecem “museus a céu aberto”, exibindo motos customizadas, motos antigas e raridades típicas de museu. Conversando com esses apaixonados que viabilizam esses shows, de uma forma geral o problema logístico e a relação custo/retorno são os maiores entraves para uma participação mais ativa, e por causa disso, se apresentam só em poucas localidades.



Já os organizadores alegam que nem todas as cidades têm políticas viáveis para a realização desses eventos, e por isso os custos de fazer algo realmente fantástico podem ser proibitivos. São inúmeros problemas, desde pressão dos moradores e pequenos empresários locais até licenças ambientais, passando pelas tradicionais propinas políticas e outros entraves que podem literalmente inviabilizar um evento desses. Já vi dono de pousada dizer que “odeia evento de moto” porque trás um publico que ele não gosta de receber. Imagino que ele tenha suas razões para tal comentário, porque infelizmente não dá pra botar a mão no fogo pela “classe de motociclistas” porque sabemos que há problemas de comportamentos bastante evidentes.



Sinceramente não sei como seria o melhor modelo de gestão para esses eventos, algo que viabilizasse um verdadeiro show para o visitante, seja ele um motociclista solitário ou um pai de família vindo com amigos, esposa e filhos. Só sei que um bom evento de motos é imperdível, pena que sejam tão poucos aqueles realmente bons.







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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

MINHA MOTO PARADA POR FALTA DE PEÇAS "REFLEXÃO"





Recentemente me vi numa situação por qual passa diuturnamente o motociclista brasileiro, cidadão pagador dos mais altos impostos do planeta que, segundo os fabricantes e concessionários, é a causa pelo alto valor final dos produtos. Aqui um guidão de Yamaha FZ6 custa R$ 150,00, já nos EUA o mesmo guidão original custa US$ 17 (dezessete dólares), o manete aqui custa R$ 130,00, lá custa US$ 8 (oito dólares).



Mas, se não bastasse o alto valor cobrado por uma motocicleta ou por peças de reposição, o maior problema é a inexistência de peças em estoque nas concessionárias.



A lei 6729/79, que regulamenta a relação entre fabricantes e concessionários, em seu artigo 10º determina que o concessionário tenha um estoque de peças de reposição de acordo com o que foi vendido de um determinado produto. E, o artigo 9º, que os pedidos não atendidos no prazo fixado podem ser cancelados pelo concessionário.



Interessante que tanto o artigo 10º quanto o artigo 9º são inócuos, já que no primeiro é facultado ao concessionário limitar seu estoque, e, no segundo, não estipula um prazo para atendimento. Inócuos porque o complemento da lei será dirimido em contrato (concessionário/fabricante) ou em convenção de concessionários cujo acesso o consumidor não terá, mas o Ministério Público, defensor da lei e da ordem, pode ter.



Com isso, quem sai perdendo é o consumidor, que como eu, ficou com uma Yamaha FZ6 N parada na concessionária do dia 25 de abril de 2011 até 11 de maio esperando um reles guidão e um manete de embreagem.

Detalhe: a concessionária me liberou a moto no dia 11, mas sem trocar o guidão que só foi trocado no dia 14 de maio. Aqui a culpa não foi da concessionária, mas da marca, já que só autorizei o pedido pela própria concessionária no dia 03/05, já que tentei por conta própria agilizar a compra das peças, sabendo que pelo tramite normal levaria 10 dias úteis.



Vasculhei São Paulo atrás do guidão original, contatei diretamente a Yamaha, na ânsia de resolver rapidamente minha necessidade e não ficar sem moto, ou melhor, sem minha moto, porque sou um privilegiado e durante os dias que minha moto ficou internada, pude desfrutar de três diferentes modelos e marcas de motocicletas que passaram aqui pela redação.



Se fosse um consumidor comum, só me restaria perder horas num carro ou coletivo, vulgo “busão”, para me locomover para o trabalho e pós-graduação, nessa cidade com o trânsito cada dia mais caótico.



Quero deixar bem claro que não é um problema pontual ou de uma marca específica, mas um problema de mercado.



Há sim uma falta de respeito generalizada, às vezes por culpa e falta de sensibilidade do concessionário e outras por culpa do fabricante, que é incapaz de gerir sua logística para reposição de peças com a mesma competência que se vende um produto.



Independentemente do que se determina na Lei 8078/90 – Código de Defesa do Consumidor, a questão é moral: a marca não pode deixar seu consumidor falando sozinho diante de uma necessidade, não pode demorar a dar atendimento, não pode, em pleno século XXI com a internet agilizando o cotidiano, se falar em 10, 15, 30 dias para repor uma peça. A lei 8078/90 prescreve em 30 dias o prazo para atendimento, o que a meu ver é ridículo, absurdo!

Para o motociclista de final de semana ensolarado, talvez não seja nada, mas, para o motociclista diário é falto de respeito.



Uma marca que leva 30 dias para me atender, certamente não será lembrada quando adquirir minha próxima motocicleta, valendo aquela máxima no setor de duas e quatro rodas: A próxima venda começa na oficina!













terça-feira, 9 de agosto de 2011

CURTAM SUAS MOTOS









Curtam suas motos com coração e razão, aproveitem enquanto não inventam uma LEI idiota que estrague tudo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

TESTE DE ALCOOLEMIA (Bafômetro): A FARSA SOBRE NÃO PRODUZIR PROVA CONTRA SI MESMO

Algum tempo a inversão de valores no Brasil tem incomodado muito as pessoas de bem.


A Constituição Federal de 1988 é uma bela carta, todavia, foi elaborada sob a “mágoa” da ditadura militar (1964-1985), onde há uma série de direitos individuas elencados até mesmo de maneira redundante.

O grande problema social por qual passamos nos dias de hoje, é que o Poder Judiciário, especialmente o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça tem dado maior peso aos direitos individuais em relação aos direitos coletivos, trazendo uma sensação de impunidade que deturpa a paz social.

A sociedade não mais tolera criminosos confessos ou com prova cabal de seus atos delituosos em liberdade podendo cometer novo atentado.

Não estou só falando de casos notórios como de Pimenta Neves ou do jogador Edmundo, o primeiro matou a namorada covardemente e o segundo matou três pessoas no trânsito por estar alcoolizado. Sem mencionar o caso do Deputado Estadual do Paraná que matou dois jovens, por dirigir bêbado e em alta velocidade, que continua solto.

Parece-me que o Poder Judiciário brasileiro tem esquecido uma das lições pilares do direito, ensinado no primeiro ano de faculdade de direito: Contrato Social na obra “Leviatã” de Thomas Robbes (1651) que depois foi aprimorado por John Locke (1690) e por Jean-Jaques Rousseau (1792), onde em síntese o Homem para viver em sociedade abre mão de certos direitos individuais e as confere ao Estado ou autoridade para obter a vantagem da ordem social.

No Fórum VOLVO-OHL de Segurança no Trânsito, realizado em Brasília em 15 de junho de 2011, os especialistas internacionais Pere Navarrro – Diretor Geral de Trânsito da Espanha e Eric Howard australiano consultor do Banco Mundial se mostraram surpresos com a possibilidade do brasileiro se negar a fazer o teste de alcoolemia, vulgo bafômetro.

Pere Navarro foi categórico em afirmar que na Espanha o cidadão que se negar, é considerado bêbado, que lá o Poder Judiciário trabalha em conjunto com a polícia.

Aqui no Brasil, me parece que trabalha contra, já que mesmo com provas cabais, o individuo volta para a sociedade como se nada tivesse cometido de ilegal e pior sobre os aplausos da OAB.

Não mais vivemos sobe regime de exceção, não mais vivemos sob ditadura para o Poder Judiciário continuar no equivoco de prevalecer o direito individual sobre o direito coletivo.

Não entendo porque recentemente o suposto pai que se negava a fazer um teste de DNA era considerado pai biológico de um suposto filho (direito individual X direito individual) e numa fiscalização onde se deve imperar o direito coletivo que evitará mortes de inocentes, um suposto bêbado não é considerado como tal se se negar a fazer o teste do bafômetro.

O indivíduo tem todo direito de beber o quanto quiser, mas não tem direito de colocar em risco a vida de pessoas, se alcoolizado ao volante de um carro ou numa motocicleta – direito individual X direito coletivo.

Pior: o indivíduo bêbado em alta velocidade mata toda uma família, paga R$ 800 reais de fiança determinado por um Juiz ou a um delegado se não houver vítima fatal e sai com todos os seus direitos, inclusive continuar a dirigir um veículo.

E a sociedade?

Deturpa-se a letra “g” (direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada) do artigo 8º do “Pacto de São José”, já que no inciso 2 do mesmo artigo 8º determina: “Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa.”

Ora, não estamos falando em acusação quando o cidadão esta sendo fiscalizado.


Se o cidadão não pode ser fiscalizado para se saber se está alcoolizado, então vamos banir a fiscalização por armas, drogas (tráfico), roubo de veículos etc…

Não estamos num regime ditatorial, onde o algoz representando o Estado, tortura o preso para arrancar uma confissão daquilo que não cometeu ou para delatar (“dedurar”) um companheiro ou comparsa.

Não tenho dúvidas que o Brasil vive num momento democrático e a prova de fogo foi o Impeachment do então Presidente Fernando Collor em 1992 que serviu para alicerçar as instituições democráticas do Brasil.

André Franco Montoro em sua obra “Estudos de Filosofia do Direito” afirma que um(a) advogado(a) em determinadas questões antes de defender por paixão ou por ser pago ($$$) deve se portar como um Jurista, ou seja, há questões no meu humilde ponto de vista que não torna o direito mais belo porque permite discussões ou divergências, muito pelo contrário o torna medíocre, onde o direito é tratado de acordo com as conveniências de quem não quer viver em sociedade (sociopata).


Damásio de Jesus afirma que “o que reduz a criminalidade (infrações de trânsito) é a certeza de punição”.

Enquanto o Poder Judiciário continuar a tirar autoridade do agente de trânsito ou “desfazer” o trabalho das Polícias Rodoviárias e Polícia Militar a carnificina permanecerá no trânsito brasileiro.



Fonte: http://bestriders.com.br

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A LAMPADA DA SUA MOTO VIVE QUEIMANDO?



Você troca a lâmpada de sua moto e poucos dias depois ela queima novamente. Antes de fazer mais uma troca, procure um mecânico e solicite uma avaliação do seu sistema elétrico, pois, muitas vezes, é ali que está o problema. “Uma lâmpada que queima várias vezes pode ser o sinal de que a fiação da moto está em mau estado. Muitas vezes foi prejudicada pelo tempo de uso, pelas intempéries do clima ou por adaptações que foram feitas na motocicleta”, comenta Amarildo Pereira, gerente de engenharia da Magnetron.

Além da fiação, outro componente que pode estar com problemas é o regulador/retificador. Responsável por regular a tensão para o farol e fornecer a corrente para carregar a bateria, o seu mau funcionamento também pode ocasionar a queima das lâmpadas. “O regular/retificador trabalha a fim de evitar o excesso de carga sobre a bateria ou aumento da tensão no farol, que resultaria na queima da lâmpada. Por isso precisa estar sempre em perfeito funcionamento”, explica Amarildo.


A bateria que não carrega ou perde a carga com frequência também pode ser um sinal de que há problemas elétricos na motocicleta, seja na fiação ou no regulador/retificador. “Se a bateria começar a apresentar problemas por causa de falhas no sistema elétrico da moto, o piloto pode passar por muitas situações incômodas, causadas pelo imprevisto da descarga”, aponta Amarildo. Atualmente, muitas motos com partida elétrica não contam com o pedal para partida mecânica, por isso, a falta de bateria pode significar que a motocicleta não vai ligar.

Na oficina

a O primeiro passo para resolver problemas no sistema elétrico da motocicleta é diagnosticar qual componente está com defeito. “Tem muito mecânico que acha o problema na base da tentativa-e-erro: primeiro troca a lâmpada; depois, o regulador/retificador e, por último, descobre que o problema estava na fiação, por exemplo”. Por isso, procurar serviços de qualidade e profissionais com experiência vai evitar prejuízos financeiros e perda de tempo no conserto da sua moto.

O segundo passo é utilizar peças de qualidade que vão garantir melhor funcionamento e maior vida útil para os componentes. É muito importante também que a peça seja o mais próxima possível da original de fábrica. “Na fiação da Magnetron, por exemplo, todos os conectores e protetores de terminal são iguais aos originais, assim a reposição é mais fácil e mais eficaz”, aponta.



Fonte: Equipe MOTO.com.br

terça-feira, 2 de agosto de 2011

AGORA SÃO OS ROUBOS DE HARLEYS EM SÃO PAULO



Ultimamente o roubo de HDs em São Paulo esta virando costume.
Ja surgem movimentos visando coibir vendas de peças roubadas e até mesmo cobrando das autoridades maior fiscalização.

É um fenomeno interessante, que acompanha a historia :
antigamente, ninguem queria HD porque era uma tranqueira, vivia quebrando, dava mais dor de cabeça que satisfação.

Depois surgiu o periodo dos neo motociclistas e com eles , a ressurreição da Harley no Brasil. Novos modelos, preços astronomicos, publicidade maciça e dirigida, que gerou uma classe pequena de novos proprietarios.

Nem se cogitava que um dia seriam roubadas, pois o mercado fechado e seleto, inibia qualquer tipo de comercialização que fugisse aos magnânimo "status" de "comprar peças e acessorios em uma concessionaria".

Repentinamente, visando ampliar a fatia do mercado, a HD se lança com tudo sobre o consumidor comum, a classe que mais gera receitas no Brasil, e passa a vender a quem pudesse fazer uma promessa de pagamento. Bastava entrar na loja e sair com a moto ( e o carnezão no alforge). Pronto, estabeleceu-se o mercado negro indiretamente. Comprar uma HD é uma coisa, mante-la são outros quinhentos. Se uma peça de mil pode ser comprada por cem, é claro que hoje, ha sim compradores não preocupados com a procedencia ou o status.

Muitos que se dispõe a posar contra a compra de peças roubadas, são os mesmos fomentadores desse comércio.

Ora senhores, a HD esta conseguindo o que queria, ou seja a popularização da marca em terras tupiniquins, coisa facil dado a necessidade de ostentação do brasileiro, e com isso, tambem os pesadelos sempre vividos e sobejamente conhecidos, por quem ja tinha suas CGs, Biz, Twister, Tornados e outras tantas.

Portanto nada de novo no reino, apenas a repetição de um fato.
Sermos contra o comercio de peças roubadas, sermos contra atitudes dos ladrões, sermos contra, sermos contra, sermos contra..não irá alterar em nada o processo em andamento, enquanto vivermos num sistema corrupto, onde o errado é o certo e o certo é o marginalizado.

Culpa das policias? Absolutamente não. Culpa da falta de senso de responsabilidade e de pulso de governantes nos roubam, assassinam e condenam diariamente.